10 de outubro de 2009

CURIOSIDADES SOBRE AS PIRÂMIDES


A construção das pirâmides parece ser um mistério ao inverso. Sabemos quem, quando e onde, embora não exatamente como. E não sabemos justamente por haver um número sem fim de idéias e teorias propostas até hoje. Não faltam formas pelas quais os antigos egípcios, há 4.500 anos, no planalto de Gizé, poderiam ter erigido as maravilhas do mundo antigo. Ainda que algumas sejam bem menos plausíveis que outras.

Tome como exemplo a teoria da californiana Maureen Clemmons. Segundo ela, os egípcios dominaram a sofisticada tecnologia das pipas. Papagaios, pandorgas mesmo, levantando blocos de toneladas ao ar. Inacreditável? Abra sua mente para uma breve revisão de algumas das mais tresloucadas propostas piramidais.

Nós sabemos que os antigos egípcios se aproveitavam do vento e do Nilo em seus barcos. A região conta com ventos razoavelmente constantes vindos do noroeste, o que faria a alegria da garotada. E de Maurice Clemmons, para quem o disco alado de Hórus seria nada menos que uma enorme pipa(http://everleaf.com/pyramids/egypt.htm).


As “evidências” de Clemmons não parariam aí. O ankh, um símbolo de vida pervasivo na cultura, seria originalmente uma ferramenta para controlar cordas, similar à usada em competições de pipas ou em um rapel. A corda é enrolada no ankh algumas vezes, e a fricção garante melhor controle sem esfacelar mãos.

Ankh (leia o texto sobre ANKH neste blog), símbolo de estabilidade, seria mesmo um mastro, com posições próximas do topo onde as cordas poderiam ser fixadas. O shen, uma corda amarrada em Hórus e outras figuras aladas seria a representação de um ponto de ancoragem ou um nó. E assim por diante, Clemmons consegue reinterpretar quase toda a antiga simbologia egípcia como baseada na tecnologia de pipas, encontrando paralelos e os principais elementos devidamente simbolizados.

Em janeiro de 2004, contando com recursos próprios de vários entusiastas, um obelisco de onze toneladas foi erguido no deserto da Califórnia em uma hora com apenas uma pipa (http://www.philpcoppens.com/kite_obel.html). A tecnologia, uma vez dominada, poderia ser aplicada facilmente de maneira modular: adicione mais pipas para levantar blocos muitas vezes mais pesados.

Seriam os egípcios exímios empinadores de pipas? Antes de responder, vamos do ar de volta à água, ao Nilo. Porque a Grande Pirâmide era na verdade uma bomba d’água.
Confira o gráfico abaixo, representando as câmaras interiores da pirâmide de Quéops. O que está em azul é mesmo água, que é bombeada da entrada no canto inferior direito para acima dos eixos na parte superior. Tudo movido pelo fogo na Grande Galeria.


O fogo consome o oxigênio, e assim como a clássica experiência (científica!) da vela e do pires com água (podem fazer, essa funciona!), a baixa pressão é capaz de elevar o líquido.

Combinando tal com o manejo sincronizado de válvulas e o uso de câmaras herméticas, repetindo o ciclo incessantemente, admiráveis leitores, temos com vocês, a Grande Pirâmide como uma bomba d’água gigante.

Inacreditável? Outra vez, abra sua mente a novas possibilidades, novos mundos, novos paradigmas. Como a Fundação da Bomba do Faraó, a Grande Galeria possui até hoje vestígios de fuligem, “em formato aerodinâmico”, indicando não só o uso de tal fogo como o de válvulas.

A pirâmide de Gizé seria assim uma gigantesca máquina hidráulica, crucial para o desenvolvimento da antiga civilização egípcia. Capazes de elevar água a grandes alturas, os egípcios poderiam canalizá-la para o deserto líbio a oeste, por exemplo, e garantir maior fartura para alçar vôos cada vez maiores. Talvez com pipas. Pois bem, a Fundação da Bomba do Faraó é pródiga em revelar que a Grande Pirâmide foi construída… com bombas d’água, evidentemente.

Dominando a tecnologia hidráulica movida por pressão pneumática derivada da combustão química e já transportando seus blocos de toneladas por canais, bastaria aos antigos criar eclusas e lidar com problemas relativamente triviais de engenharia para elevar e dispor os blocos em seu lugar, sem o uso de força bruta. Muito simples, não? A imagem abaixo deve dar uma idéia:


Você sabia que a Grande Pirâmide não tem quatro lados? Tem oito. Os lados da Grande Pirâmide são côncavos, com as medianas indo da base até o topo. Observe:


Pequeno detalhe, não? A Grande Pirâmide tem oito lados. E todas as histórias sobre a precisão milimétrica da pirâmide, seus alinhamentos, geometria e tudo mais? Onde esta pirâmide com lados côncavos se encaixa em tudo isso?

Assim como as várias inscrições com o nome de Quéops (http://www.ceticismoaberto.com/news/?p=1012)em uma câmara fechada no coração da obra, aberta apenas com dinamite, este é mais um detalhe que os vendedores de mistério ignoram. Claro que sempre podem inventar justificativas para explicar esse e qualquer outro pequeno detalhe. O que são fatos frente a teorias?

Aí se inclui a nossa querida Fundação da Bomba do Faraó, mas a explicação deles é ao menos adorável, e não parece tão esfarrapada quanto os panos de uma múmia. A pirâmide côncava, a eles, tem uma explicação simples, real, científica, de engenharia.

É uma estrutura para lidar melhor com as pressões internas, de dentro para fora. Pressões hidráulicas e pneumáticas com que a obra, como bomba d’água gigantesca, certamente teve que lidar. A concavidade seria uma solução de engenharia grosso modo como as represas em arco de gravidade modernas.

A Bomba do Faraó pode ser uma furada, claro. Porque as pirâmides foram construídas com concreto. Ou com som. Telecinese. Eletricidade, aviões, energias telúricas, cristais de quartzo, extraterrestres ou atlantes.
(Marcelo Del Debbio)

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