30 de junho de 2010

A ÁRVORE DA VIDA E OS JOGOS

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A Revista Wired publicou recentemente um Guia Simplificado de todos os tipos de jogos que existem, elaborado pelo jornalista Steven Leckart e, surpresa, a organização final dos tipos de jogos recai no mesmo diagrama que lida com a estrutura dos deuses, religiões e Ordens Iniciáticas: a Árvore da Vida. Você pode conferir o diagrama em tamanho grande no http://www.wired.com/special_multimedia/2009/mf_enigmatrix.

Não apenas semelhante em forma, mas o conceito por trás de cada uma das divisões segue o mesmo arquétipo da esfera correspondente:

A Matemática corresponde a Malkuth, a origem, aos números em estado bruto, o elemento Terra dos jogos.

Através do Caminho de Tav (imaginação), conectam-se aos Jogos que se utilizam de matemática, como bilhar, dardos, boliche e outros.

A esfera dos Jogos equivale a Yesod, ao uso da matemática de maneira a nos levar para mais próximo da Mágica (Keter).

No Pilar Esquerdo (Rigor, Razão) da Árvore temos os Jogos de Tabuleiro (Hod/Mercúrio, que envolve o uso da razão), a Teoria dos Jogos (Geburah/Marte, a organização por trás das estratégias) e finalmente os Códigos (Binah/Saturno, os limitadores).

No Pilar Direito (Misericórdia) temos os jogos de Carta (Netzach/Vênus, pois envolvem mais blefe e emoções do que jogos de tabuleiro), Plot (Chesed/Júpiter, que se relaciona com o Santo Graal, o fluxo de idéias formando uma trama e os jogos de RPG) e finalmente Mistérios (Hochma/Urano, o Caos primordial dos mistérios divinos).

No Pilar Central, temos a evolução da Matemática (Malkuth/Terra) em direção à Magia, primeiro transformando-se em Jogos (Yesod/Lua), depois em Puzzles(Tiferet/Sol) e finalmente em Mágica (Keter/Netuno).

Simplesmente fantástico!

COLAR RITUALÍSTICO DE NAPOLEÃO


Colar ritualístico que pertenceu a Napoleão Bonaparte, Imperador da França enquanto atuava como Mestre da jurisdição da Ordem Rosacruz situada em Paris.

Napoleão Bonaparte (1769-1821) foi Grande Mestre da Ordem Rosacruz na França.

As abelhas, símbolo tradicional da família Bonaparte, representam a busca pelo conhecimento e pela Verdade.

Este colar foi dado a Harvey S. Lewis em 1926.

O SÍMBOLO DA ESVÁSTICA

Entre as representações simbólicas do Centro do Mundo, a da esvástica tem que ser especialmente destacada, pois além de ser um equivalente do símbolo da cruz e da roda, e participar, portanto, de suas significações gerais, nela aparecem outras variantes que nos confirmarão na certeza de que os símbolos constituem autênticos veículos do Conhecimento.


Por se encontrar na arte de todos os povos tradicionais desde a mais remota Antigüidade, a esvástica é um dos símbolos que remetem diretamente à Tradição hiperbórea ou primordial. Ela é, efetivamente, uma cruz, só que a essa cruz se lhe adicionam quatro linhas em seus extremos, formando assim outros tantos ângulos retos ou esquadrias, de tal maneira que ditas linhas sugerem ou levam implícito o movimento de giro em torno a seu centro, gerando assim à circunferência.

Agora bem, devido a que essa circunferência (que, recordemos, simboliza a manifestação universal) não está figurada de forma expressa na esvástica, esta, mais do que um símbolo do cosmos, aparece como um símbolo da ação vivificante que sobre ele exerce o Princípio, considerado como o autêntico “Motor imóvel”.

Efetivamente, o mais importante na esvástica é o ponto fixo, símbolo do Centro, o qual permanece inalterável e imutável, e no entanto é o que transmite sua energia à Roda Cósmica, gerando-a e dando a vida a todas as coisas, seres e mundos contidos nela, os quais depois de cumprir o desenvolvimento completo de todas suas possibilidades retornam novamente a ele.

Como se vê, estas significações não têm absolutamente nenhuma relação com o uso político que se fez deste símbolo nos tempos modernos.

Adicionaremos que, aos quatro ângulos ou esquadrias da esvástica, também podemos observá-los nas quatro posições cardeais que a constelação da Ursa Maior descreve em seu ciclo diário em torno da estrela polar, a qual, devido à posição central que ocupa no céu –pois todos os corpos estelares rotacionam a seu redor– se considerou efetivamente como a morada simbólica do Princípio, também chamado a Grande Unidade em outras tradições.

Em nosso modelo da Árvore Sefirótica, a estrela polar se corresponde com Kether, como já sabemos, e não deixa de ser interessante recordar a este respeito que no Zohar a Ursa Maior recebe o nome de Balança (também na antiga tradição Chinesa recebia este nome), adicionando que esta se acha “suspensa num lugar que não existe”, o que equivale a dizer no imanifestado, que é onde reside verdadeiramente o equilíbrio e harmonia de toda a manifestação.


Na tradição indiana, ademais, a esvástica aparece como um dos signos distintivos dos brahmanes, e de fato nessa mesma tradição se afirma que as sete estrelas que compõem aquela constelação representam a cada um dos sábios (chamados rishis) que transmitem o Conhecimento de um ciclo a outro da humanidade.

AS ORDÁLIAS


As Ordálias são as maiores e mais perigosas provas de um ocultista sincero. São elas que separam as crianças dos magistas. Abaixo, relato um texto do Aleister Crowley para ajudar a entendê-las melhor:

“Essas ordálias cegas, presumivelmente, referem-se a tais testes de aptidão, como os referidos a pouco. Nos mistérios antigos, era possível distinguir as ordálias formais.

Um jovem entraria num templo para ser iniciado, e ele saberia bem que sua vida dependia de provar-se merecedor. Hoje o candidato sabe que as iniciações não são fatais, e que qualquer ordália proposta a ele, obviamente, aparecem apenas como pura formalidade.

Em uma Ordem Mágica genuína, não existem juramentos extravagantes. O candidato aceita o compromisso por si só, e sua obrigação é apenas “obter um conhecimento científico da natureza e forças do meu próprio ser”. Não há punições relacionadas a violação da obrigação, porém, como esta resolução está em contraste com os juramentos de outras Ordens no tocante a simplicidade e naturalidade, assim também com relação as punições.

O rompimento com a egrégora atualmente envolve os mais assustadores perigos para a vida, liberdade e razão. A menor negligência é encarada com a mais implacável justiça.

O que acontece é isso: quando um homem afirma cerimoniosamente sua ligação com a Ordem (A verdadeira Iniciação), ele adquire, toma contato, com todas as forças daquela Ordem (egrégora).

Ele é capacitado, a partir desse momento, a fazer sua verdadeira vontade, da melhor forma possível, sem interferência. Ele adentra uma esfera em que cada perturbação é, direta e instantaneamente, compensada. O indivíduo colhe a conseqüência de cada ação imediatamente. Isso é porque ele entrou no que posso chamar de mundo fluídico, onde cada distúrbio é ajustado automática e instantaneamente.

Assim, normalmente, supõe-se um homem como Sir Robert Chiltern (“Um Marido Ideal”) que age de forma corrupta. Seu pecado sempre o assombra, não diretamente, mas depois de muitos anos, de modo a não manifestar uma conexão lógica com seu ato.

Se Chiltern fosse um probacionista da A.’.A.’. (astrum Argentum, a Ordem fundada por Crowley) seus atos seriam respondidos imediatamente. Ele vendeu um segredo oficial por dinheiro. Ele teria descoberto, dentro de poucos dias, que um de seus próprios segredos foi revelado, com desastrosas conseqüências pessoais.

Além disso, tendo iniciado uma corrente de deslealdade, por assim dizer, ele seria vítima de uma torrente da mesma até conseguir eliminar a possibilidade de vir a agir desse modo novamente. Seria prematuro classificar este aparente exagero de punições como injustas. Não seria suficiente para cumprir a regra de pagar um “olho por um olho”.

Se você perdeu sua visão, você não tropeça em alguma coisa uma vez só, mas continuaria tropeçando de novo até recobrar o sentido perdido.

As punições não são aplicadas deliberadamente pelos Chefes da Ordem, elas ocorrem respeitando o curso natural dos eventos. Eu não deveria me conter em dizer que esses eventos foram arranjados pelos Chefes Secretos. O método, se eu o compreendo corretamente, pode ser ilustrado por uma analogia: suponha que eu tivesse sido avisado por Eckenstein, a testar a firmeza das rochas numa escalada, antes de me apoiar nelas. Eu negligencio a instrução. É desnecessário a ele, percorrer o mundo todo e enfraquecer as rochas em meu caminho – elas estarão lá. E eu começo a escalar, e as falhas ocorrerão ou não, à medida que eu as encontrar. Da mesma maneira, se eu esquecer alguma instrução mágica, ou cometer alguma falha de magia, minha própria fraqueza me punirá à medida que as circunstâncias determinarem o apropriado método.

Pode-se dizer que essa doutrina não seja uma questão de Magia(k), mas de bom senso. Verdade. Mas Magia(k) é bom senso. Qual é a diferença então, entre o Magista e o profano? A diferença, é que o Magista determinou que a natureza será para ele, um modo fenomenal de expressar sua realidade espiritual. As circunstâncias, portanto, de sua vida são uniformemente adaptadas à sua obra.

Outro exemplo: O mundo revela-se ao advogado de modo totalmente diferente do que o faz ao carpinteiro e, o mesmo evento, ocorrendo aos dois homens, sugerirá dois diferentes treinos de pensamento e conduzirá os dois, a diferentes resultados.

Meus erros de julgamento, devido à aniquilação de meu ego e a conseqüente falta de direção sentida por meu corpo e mente, produziram seu efeito imediato. Eu não compreendi a extensão do meu erro e sua real causa, porém, senti-me forçado a voltar à minha própria órbita”.

As Ordálias afetam TODOS os despertos ou aqueles que estão começando a emanar alguma luz. Gosto muito do filme Matrix, quando o Morpheus explica para o Neo que “Até que todos os aprisionados sejam libertados, eles são potenciais agentes do outro lado”. Não há exceções.

Disse o mestre: "Por que temeis homens de pouca fé? Afinal, tudo é possível ao que crê. Só se libertam do medo àquilo que é imposto, aqueles que enfrentam tal obstáculo. Do temor ressurge o Dragão recebendo sua valentia. Enfrenteis o Dragão e ele fugirá; fujais, e ele correrá atrás de vós.Se é a enfermidade que o assusta, não perturbe sua mente e pelo poder de sua Vontade e ficará imune, afinal só se torna suscetível aos germes da doença aquele que permite o medo tomar conta de si, baixando sua vibração no mesmo grau que eles"...

Diz Marcelo Del Debbio sobre suas experiências: “Vocês não fazem idéia das torrentes de problemas e privações que eu passei até conseguir publicar a Enciclopédia, que é um verdadeiro trabalho de tributo às Egrégoras dos Deuses. Todos os tipos de problemas que vocês puderem imaginar ocorreram; de divórcio à falta de grana à perda de arquivos à escolha entre retornar para uma vida acadêmica ortodoxa confortável (ensinando Semiótica e História da arte em uma faculdade) ou dedicar meus últimos recursos e esforços para enfrentar alguns MESES de problemas até a publicação da obra…”

No Sefirah ha Omer, muitos de vocês estão sendo testados, e vai ficar mais difícil antes de melhorar. Quanto mais potencial você demonstrar, mais será testado, com o objetivo de tentá-lo a desistir e voltar à vidinha confortável.

A Verdadeira Liberdade só é atingida na conscientização de que o mal nada pode contra si, afinal a pior ordália é a falta de conscientização de que temos uma influência considerável sobre os resultados de nossas vidas.

Não permita a falta de fidelidade consigo mesmo, pois para superar as Ordálias, é necessário muito mais do que o desejo, muito mais do que saber o que se quer, precisamos realmente querer o que se quer, pois o que são os atos dos homens, senão uma forma de declarar ao Universo o seu intento.

Continua o Mestre: "E, nas sombras da mente quando elevardes o vosso pensamento, na busca ansiosa por uma resposta divina, lembre-se que a divindade é você, você é Deus e Deus é você, nenhum existiria com a ausência do outro"...

Prossiga, com Vontade! Então, seja um Vencedor!

DOMICÍLIO, EXÍLIO, EXALTAÇÃO E QUEDA

Se o planeta se encontra no signo oposto ao de seu domicílio, diz-se que está em “exílio”, sendo suas influências contrárias ou desfavoráveis.

Além disso, quando a influência planetária é afim a do signo em que se encontra, diz-se que o planeta está em “exaltação”.

Quando está no oposto, suas energias são hostis e o planeta se acha em “queda”. Isto se compreende melhor com o seguinte quadro:


Desta tabela, podemos perceber que as relações de energia são equilibradas e seguem uma lógica baseada em harmonias e desarmonias das vibrações.

Todo o conjunto é completo e complementar, o que dispensa as invencionices como Lilith, Ofiúco, Quiron, Ceres, Sputnik, etc…

29 de junho de 2010

AS ÁRVORES E O SELO DE SALOMÃO

No “Jardim do Éden” existem duas árvores: A árvore do Conhecimento do Bem e do Mal e A árvore da Vida (a árvore das Sephiroth).


A árvore da Vida nasce nas raí­zes da árvore do Conhecimento. "Todo aquele que comer dos frutos da árvore do Conhecimento morrerá, mas ao mesmo tempo será como um Deus, pois seus olhos se abrirão e conhecerá o Bem e o Mal".


A árvore da Vida tem uma Serpente de Fogo enroscada em seu tronco. Este é o Dragão da alquimia, o Oroboros. Esta árvore é a Cruz da iniciação, o Caduceu de Hermes com as duas Serpentes enroladas. Dai veio a origem e representaçao do sí­mbolo do Caduceu. A Serpente no caso, seria a Mãe, Ísis, Nuit, Kundalini, o Espí­rito Santo.

Na árvore da Vida estão o céu e a terra, Kether e Malkuth, o Macrocosmos e o Microcosmos. Lá estão as sete igrejas da ísia, os sete anjos, os sete selos e as sete trombetas do Apocalipse.


"Todo aquele que quiser viver e não quiser morrer, passará pela árvore da Vida e será devorado pela sua Serpente de Fogo" (irá nascer, viver, crescer, aprender, para depois envelhecer, definhar e morrer).

"Sobe da terra para o Céu e desce novamente à Terra e recolhe a força das coisas superiores e inferiores. Desse modo obterás a glória do mundo.E se afastarão de ti todas as trevas.Nisso consiste o poder poderoso de todo poder: Vencerás todas as coisas sutis e penetrarás em tudo o que é sólido". Isto porque para nascer é preciso primeiro morrer (ciclo das reencarnações), é necessário descer ao túmulo, ao Hades e, para isso, existe a árvore da Vida.

Como já vimos, a árvore da vida é um conceito cabalí­stico. Ela é formada pelas dez emanações de Ain Soph, chamadas Sephiroth. A essência de todas as Sephiroth é a mesma, mas cada uma possui uma propriedade particular. A essência é universal, o que muda é a emanação de cada Sephirah. Segundo a cabala, a sí­ntese da árvore da vida é Adam Kadmon, o Homem Arquetí­pico.

Essas emanações se manifestam em quatro diferentes planos, interconectando as dez sephiroth em camadas cada vez mais densas.

Atziluth o Mundo das Emanações - Kether Chokmah Binah
Beriah o Mundo das Criações - Chesed Geburah Tipareth
Yetzirah o Mundo das Formações - Netzach Hod Yesod
Asiyah o Mundo das Ações - Malkuth

As três sephiroth superiores formam um mundo abstrato e representam o estado potencial. As seis sephiroth interiores se agrupam em uma dimensão conhecida por Zeir Anpin, formando o elo entre o abstrato e a matéria. Estão firmemente interconectadas entre si. A última sephirah inferior é a representação do ní­vel material.

No pilar esquerdo da árvore rege o princí­pio feminino. No pilar direito da árvore rege o princí­pio masculino. No pilar central da árvore existe a ligação entre os dois princí­pios.

O topo da árvore representa o bem e a base o mal.


Na Árvore da Vida, as sephiroth são: Kether - Coroa; Chokmah - Sabedoria; Chesed - Misericórdia; Geburah - Julgamento; Tipareth - Beleza; Netzach - Vitória; Hod - Esplendor; Yesod - Fundamento; Malkuth - Reino; Daath - Conhecimento.

"E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela".

Existe uma analogia utilizando ambas as formas do pentagrama como representações da árvore da vida:

Vejamos como a Árvore da Vida e a Árvore do Conhecimento se conectam:


Repare no centro da imagem, no hexágono, a linha vertical representa a Árvore da Vida e a linha horizontal a Árvore do Conhecimento. A conexão entre elas forma um dos triângulos que compõe o Selo de Salomão. Isto é, na parte central dos dois triângulos encontramos um hexágono, que é dividido verticalmente e horizontalmente por duas linhas formando uma cruz, as quais são chamadas,respectivamente, Árvore da Vida e Árvore do Conhecimento.


Dos dois triângulos que compõem o “Selo de Salomão”, o superior representa o mundo não manifestado do espírito puro e o conhecimento acerca dele foi reservado aos iniciados de um grau elevado – os eleitos, ou iluminados – e é o campo do Misticismo. O triângulo inferior, que representa o universo manifestado, é o terreno do Ocultismo.

A parte inferior do hexágono, que corresponde ao triângulo inferior, é chamada de “Templo de Salomão” e é a esfera da atividade masculina.

A parte superior, que corresponde à Morada de Adonai, o Senhor, é a esfera do elemento feminino, a Inteligência, que é chamada na Cabala a Filha, a Casa da Sabedoria, a Face do Sol.

Veja uma curiosa representação da Árvore da Vida (das sephiroth):


Observe, agora, atentamente as figuras abaixo:


A TEMPERANÇA NO TAROT


Esta lâmina traz uma mulher que dilui o vinho de uma taça com um pouco de água de uma ânfora.

A figura da Temperança, inicialmente, é um apelo à moderação que surge junto com a preocupação relativa aos excessos associados, principalmente, à comida, à bebida e ao sexo.

Não se trata, contudo, de uma proposta de abstinência. Como pregava Aristóteles, “tanto a deficiência como o excesso de exercício destroem a força”, logo, antes de qualquer outra coisa, é o reconhecimento do que é saudável e o trabalho para permanecer dentro destes limites.

Temperança deriva de temperar e entendemos que o tempero realça um sabor quando, na verdade, temperar tem por objetivo suavizar (tornar mais brando) aquilo que é temperado.

O vinho diluído em água tem o seu teor alcoólico reduzido, diminuindo, também, o risco da embriaguez. Talvez sirva de ícone por ser o elemento com possibilidade de “maior estrago social”. Desde de Noah (Noé) que o vinho tem má fama, mas entre os judeus é revelado que o valor numérico de yayin (“vinho”) e sod (“secredo”) é o mesmo (70), sendo sod um nível de profundo conhecimento dos códigos presentes na Torá.

Tomado na dose correta, “o vinho entra e os segredos [do Universo] emergem”, ditado muitas vezes alterado com uma conotação negativa para “o vinho entra e as palavras saem” exatamente porque as pessoas se perdem no torpor do álcool.

Água e vinho, contudo, compartilham de outra referência simbólica: na tradição judaica, a água está associada à Chessed (Misericórdia) e o vinho à Guevurá (Severidade), de modo que colocar água no vinho também pode ser interpretado como adição de Amor ao Julgamento.

Se na Severidade a lei é “bateu, levou”, quando há Misericórdia, existe um estado de latência entre causa e efeito, dando oportunidade ao aprendizado/evolução do intemperante. Muitas vezes não se trata de evitar a punição, mas permitir até que esta semente de karma negativo seja purificada antes que ecloda.

Temperaça, por sua vez, destacava os atributos da alma sobre os do corpo – ou a razão que domina os instintos – ganhando conotações mais espirituais/alquímicas com o passar do tempo.

Algumas pessoas, por exemplo, não gostam da carta da Temperança para relacionamentos porque falta paixão, mas paixão é fogo morro acima – é rápido e consome tudo ao redor. O fogo bem regulado – podendo ser mais intenso quando necessário – é aquele que se faz útil por muito mais tempo.

Porém, é a imagem da mulher que com água (Amor) tempera o fogo (Paixão). É neste ponto que consciência e autocontrole se fazem mais necessários, pois com a primeira se determina a dose certa e com a segunda dominamos o impulso de querer mais e mais, o que pode ser difícil – você sabe que é errado, mas se deixa levar pela busca do prazer imediato, pela vaidade e/ou pela ira ainda que se martirize com culpas depois.

As dualidades estão presentes em muitas lâminas do Tarot: o Mago aponta para o Céu com uma das mãos e para a Terra com a outra; a Papisa se coloca entre duas colunas; o Papa tem dois acólitos, o Enamorado duas mulheres e o Diabo dois escravos; o Carro é puxado por dois cavalos; o Sol traz duas crianças; a Justiça carrega uma balança com dois pratos.

A Temperança parece não fugir à regra, mas uma coisa a diferencia: ela traz consigo a habilidade de reunir dois elementos para criar um terceiro completamente novo.

Existe uma abordagem mais espiritualista a este respeito. Romper com as dualidades, neste caminho, seria alcançar uma conexão genuína com a Unidade, que está além do tempo, espaço e movimento, mas não estou levando o assunto a este nível da experiência – que na Temperança, por sinal, ainda está longe da real possibilidade de auto-realização da carta do Mundo.

A dualidade aqui é tema porque a mente ordinária (no sentido de comum, e não de inferior) está habituada a perceber o mundo através das comparações: eu reconheço a saúde a partir da doença, o belo a partir do feio, e por aí vai.

Estabelecer o peso de uma coisa a partir de outra, por sinal, é bem do feitio da carta da Justiça e uma conseqüência natural disso é uma visão de mundo dividida entre “gosto” e “não gosto”, que em suas condições extremas, levam ao apego e à aversão. Não se trata aqui de se discutir preferências, mas como se reage a elas.

Penso nas cartas do Tarot que melhor representariam estas forças e vejo o Diabo (15) e a Morte (13), respectivamente, e a Temperança (14) entre eles.


Em uma das etapas do processo alquímico – e é muito difícil descrever a Temperança sem ficar tentado escrever um pouco sobre Alquimia – o Sol e a Lua (o conteúdo das ânforas dourada e prateada, respectivamente) são dissolvidos em um único recipiente para que deles se obtenha a prima matéria (o elemento primordial ou indiferenciado) que dará origem, mais adiante, à Pedra Filosofal. No Solutio, a água faz com que cada componente perca a sua identidade; eliminando as resistências de ambos.

“A Morte transforma; a Temperança transmuta”.

A água evapora, condensa e precipita, mas não deixa de ser água – isto é transformação. Quando a essência é alterada, como no caso do chumbo (Pb) que se converte em ouro (Au) – dois elementos distintos na tabela periódica – estamos diante de uma transmutação.

A presença da Temperança em um jogo pode indicar a mudança que se faz necessária se encontra em um nível mais profundo. Muitas vezes entra em cena tratamentos psicológicos de resignificação das falsas crenças ou as terapias que mexem no corpo energético, como é o caso da Cura Prânica, que atua no conteúdo emocional do paciente removendo elos psíquicos que o impedem de seguir em frente.

Algumas pessoas falam mal de um relacionamento marcado pela Temperança, mas, pela minha ótica, o que acontece muitas vezes é que as energias mescladas promovem mudanças significativas nos padrões de comportamento de ambos para melhor.

“Isto também ocorre com a carta da Morte?” Ocorre. A diferença é que a Morte muda pela cobrança que o outro me faz ou eu mesmo me faço para estar à altura do outro – na maioria das vezes, um processo unilateral. A mudança da Temperança (de novo cabe o uso da palavra transmutação) é sutil, faz com que as diferenças não “se atritem” e promove alterações positivas, de dentro para fora, na forma de pensar, sentir e se relacionar – entre eles e com o mundo que os cerca.

Muda para melhor porque está implícito na Temperança – ou no processo alquímico, como um todo – o refinamento dos seus componentes.

Obviamente, se a Temperança não está bem no jogo de um casal, podemos pensar que não existe troca entre eles ou que esta mistura de energia os está envenenando e o mais provável é que eles não se percebam prejudicados até que algo mais radical aconteça.

E que o anjo da Temperança promova a alquimia interior que você necessita para que uma nova consciência desperte em direção à liberdade e à integridade.
(Texto: Marcelo Bueno)

16 de junho de 2010

OS SÍMBOLOS E OS ANIMAIS


Em todos os tempos os animais foram usados como símbolos, como por exemplo, em sistemas astrológicos, sendo talvez o chinês aquele que mais importância lhes dá.

Símbolos utilizados na Astrologia Chinesa: Rato, Búfalo, Tigre, Gato, Dragão, Serpente, Cavalo, Cabra, Macaco, Galo, Cão, Javali (Porco)

Símbolos usados na Astrologia Zodiacal: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes

Símbolos usados na Astrologia Védica (Jataka Desh Marga): Mesha (bode), Vrishabha (Touro), Mithuna (Gêmeos), Kataka (Câncer - caranguejo), Simha (Leão), Kanya (Virgem), Tula (Libra), Vrischka (Escorpião), Dhanus (Sagitário), Makara (Capricórnio - cabeça de veado e corpo de crocodilo), Kumbha (Aquário), Meena (Peixes)

Algumas características simbólicas dos principais animais:

ABELHA - Era um símbolo da realeza no Antigo Egito e dizia-se que esse inseto havia sido gerado a partir das lágrimas de Rá, o deus-sol egípcio. Sua imagem mais difundida é a de símbolo da alma. Os opostos bem/mal, também se encontram simbolizados nela. O mal se encontra simbolizado pelo ferrão e o bem pelo mel.

ÁGUIA - Animal solar, é visto como sendo um mediador entre os reinos divino e espiritual. Na heráldica, é o pássaro dos reis e dos líderes. A águia é considerada como sendo o rei dos pássaros e tem a ver tanto com o desejo de poder, como com a elevação espiritual, com os altos vôos do pensamento e da fantasia. Na Mitologia grega, está associada à Zeus, o deus maior do Olimpo; na mitologia germânica à Wotan, o deus maior do Válhalla; no mito cristão, ela é um símbolo de São João e para Jung, um símbolo do pai. Tal como a Fênix, pode ser considerada como um símbolo de Regeneração espiritual. A acuidade do seu olhar que lhe permite fitar o sol diretamente, faz com que seja considerada um símbolo da clarividência.

ANDORINHA - Ave migratória que parte no inverno mas que tem assegurado o seu retorno no verão. É um símbolo do eterno retorno, das situações cíclicas que desde o início sabemos qual será o final, uma vez que são repetitivas.

ARANHA – Devido à sua teia tecida habilmente e ao seu posicionamento central, é considerada na Índia como símbolo da Ordem Cósmica, assim como a tecelã (Maya) do mundo sensível. É a Criadora Cósmica e a senhora do destino; podendo ser ainda um símbolo do narcisismo, pois é o símbolo da obsessão do Ego no centro de tudo.

ARMINHO - É considerado um animal símbolo da pureza.

ASNO - Simboliza a perseverança, a estupidez, a melancolia e a sexualidade. É um dos animais de Dioniso assim como de Saturno e possui qualidades saturnas. Ser transformado em asno implica ser dominado por essas qualidades. O filósofo Lúcio foi transformado num asno, o animal em permanente cio e odiado por Ísis, que mais tarde é desencantado e iniciado nos mistérios da deusa da lua egípcia. O baú-berço de Dioniso era puxado por um asno.

BALEIA - Simboliza a escuridão abissal e misteriosa, o inconsciente, o local para onde o herói precisa de retornar para que seja possível o seu renascimento. No mito do herói, a baleia é um símbolo da Grande-Mãe devoradora em cujo ventre o deus-herói se transforma, e nesse confronto com a Grande-Mãe, temos o simbolismo de que é o ego do homem que precisava ser transformado. A luta do herói contra a baleia ou qualquer outro monstro marinho é um símbolo da luta pela libertação da consciência do eu, das ligações com o inconsciente e a sua salvação torna-se dessa maneira num símbolo da vitória do consciente sobre o inconsciente. A saída do ventre da baleia significa um renascer ou uma ressurreição, tanto que o símbolo da baleia é comum a vários ritos de iniciação. A entrada no seu ventre é análoga à descida ao sub-mundo e à passagem pelo inferno.

BODE - No Oriente, os demônios aparecem em imagens com a pata fendida do bode. É considerado um símbolo de THOR, além de ser considerado um símbolo da fecundidade e da libido. O bode é a montaria de Agni, o deus regente do fogo para os vedas, daí que ele seja considerado como um animal solar. O termo bode expiatório, simboliza o indivíduo sobre o qual recaem as projeções do mal que os outros gostariam de executar mas que não ousam. Então, ele é empurrado cada vez mais para que desempenhe esse papel.

BOI - No Cristianismo, São Lucas tinha como símbolo o boi, é considerado como sendo um símbolo da bondade e da calma. Na China, o boi em argila é um símbolo do frio, além de ser um símbolo yin e os gregos consideravam-no sagrado posto que era objeto de imolação.

BORBOLETA - Simboliza o ar, enquanto elemento da psique. É considerada um símbolo de transformação e de um novo começo.

CABRITO - É um símbolo do renascimento com ascensão ao divino. A cabra é tanto o símbolo da iniciadora como da ama de leite, uma representação da mãe.

CACHORRO - Na antiguidade era tido como o guardião da vida eterna. Em várias culturas antigas a imagem do cão estava ligada à simbólica da morte. Na Pérsia antiga, os cães alimentavam-se dos cadáveres dos mortos e na Rússia era costume levar um cão junto da cama do moribundo para que recebesse alimento das suas mãos, alimento esse que garantia que o cão servisse de guia da sua alma para o outro mundo.

Hécate, a deusa do nascimento e que estava relacionada ainda à magia, à iniciação e à morte, recebia sacrifício de cães. Nos túmulos romanos era comum encontrar-se imagens de cachorros e Cérbero era o famoso cão do Hades, o mundo do post mortem que correspondia a uma espécie de purgatório. Na Grécia, o cachorro pertencia também a Esculápio, o responsável pelas curas, pela sua capacidade de se curar por meios próprios, ingerindo erva. No Egito, era considerado como sendo um símbolo de Anúbis, o deus com cabeça de chacal e que era um guia para o mundo inferior. Pela sua capacidade de adaptação ao homem, costuma ser um símbolo da fidelidade no relacionamento.

CARACOL - Simboliza a regeneração periódica.

CARNEIROS - O carneiro era visto pelo matriarcado como símbolo do poder tirânico masculino. É ainda um símbolo de Agni, o deus do fogo dos vedas, a sua montada. A imagem em sonhos de numerosos rebanhos de carneiros enfatiza a brandura, pela inocência que é característica desse animal.

CAVALO - O cavalo é uma das formas simbólicas mais puras da natureza instintiva é a energia que apóia o ego consciente sem que esse perceba, a energia que gera o fluxo da vida e que dirige a nossa atenção para as coisas, influenciando as nossas ações através de uma motivação. O cavaleiro é o ego, enquanto que o cavalo é o símbolo da nossa energia instintiva e animal. Quando juntos representam o movimento harmônico da natureza. Na imagem do cavalo a libido instintiva à disposição do inconsciente por vezes encontra-se bastante ligada ao tema da sexualidade. O cavalo simboliza o sentimento de se estar vivo posto que é o fluxo da vida que não criamos, mas que nos carrega no exercício da nossa vida.

Na mitologia ele é associado às deusas-mães, sendo que podemos encontrar associações entre a imagem do cavalo e o simbolismo da mãe que pode ser vista como sendo o cavalinho de balanço da criança e isso devido a primitivamente ela costumar carregar o seu filho às costas. A sua imagem também se encontra associada à da árvore dos mortos, pois ele é um animal que a alma utiliza para cavalgar para o outro mundo, servindo assim de ligação entre o mundo dos vivos e o dos mortos.

No mito de Odin, a sua mãe era o "Corcel Assustador", o Freixo Universal Yggdrasil de onde ele surge em suspensão. Hécate às vezes é representada com cabeça de cavalo e tanto Deméter quanto Fílina para poderem escapar das perseguições de Crono e de Posseidon, transformaram-se em cavalos. Nos países europeus, o diabo tem uma pata equina que possui como origem Wotan, e em quase todos os mitos o diabo cavalga uma bruxa cavalo.

Na Holanda, é costume se pendurar um casco de cavalo nas estrebarias com a finalidade de afastar os feitiços. É considerado também um símbolo do tempo e representa o vento pela sua velocidade. Se a imagem é de um cavalo branco, indica tratar-se de um impulso instintivo que naturalmente se dirige à consciência e se ele possuir asas pode ser considerado como sendo um símbolo de uma forma alada do princípio transcendente. Quando em sonhos o cavalo joga a sonhadora no chão, exprime um tema sexual ou aponta para um conflito erótico, o que também costuma ser simbolizado pelo seu coice. Sendo o cavalo um símbolo da quantidade de energia à disposição do homem, quando as imagens giram sobre o seu sacrifício, podem estar apontando para uma fase de introversão, pois o sacrifício de animais quando não é feito como simples oferenda possui uma simbólica religiosa elevada, estabelecendo uma relação entre o herói e a divindade. O sacrifício surge então como a imolação do instinto, a união com o divino o seu abate ou sacrifício pode simbolizar a dissolução do instinto até então inconsciente. Quando se trata de um esquartejamento, o que está sendo simbolizado é que uma nova ordem está a ser criada pela consciencilização e reflexão, além da existência de uma disposição interior para receber o arquétipo do SELF.

CEGONHA - Simboliza a contemplação filosófica. Na mitologia grega, Antígona, a irmã de Príamo gabou-se a Hera da beleza dos seus cabelos, o que fez com que a deusa invejosa os transformasse em serpentes. Zeus apiedando-se de Antígona, transformou-a posteriormente em cegonha.

CIGARRA - Simboliza a negligência.

COBRA - Simboliza uma força inconsciente da natureza que não é boa nem má, o seu estado ainda é indiferenciado e corresponde à base do instinto e da impulsividade natural. Pode ser considerada como um símbolo do falo e possui conotações sexuais simbolizando a existência de conflitos eróticos quando a imagem aparece em sonhos. A cobra frequentemente aparece na mitologia, no simbolismo da religião ou em cultos e ritos, onde podemos encontrar imagens da serpente do paraíso, a Mitgard germânica, da cobra da época de Moisés e das cabeças de serpentes das Górgonas malignas. Essa imagem está associada ainda à Grande-Mãe que geralmente é retratada como sendo uma mulher forte, de seios nus e com os braços estirados para fora, segurando uma cobra em cada mão.

COELHO - Tanto para o negro como para o índio americano esse animal era visto como sendo a encarnação animal do herói. A festa da Páscoa possui um simbolismo que se aproxima desta idéia. Originalmente estava relacionada com o culto da lua e era nessa data que se celebrava a ressurreição do herói da lua e que foi incorporada na liturgia cristã. Pelo facto de procriarem com bastante rapidez e de terem uma prole numerosa encontra-se vinculado à lua e assim como a Páscoa, é um símbolo de vida nova e de fecundidade da natureza feminina em conexão com a deusa.

CORUJA – Considerada a “águia da noite”, é símbolo da vigilância, da meditação e da capacidade de enxergar nas trevas. Simboliza também a sabedoria, por influência da mitologia grega, tanto que Atena, deusa da guerra e da sabedoria, tinha uma coruja como mascote.

Os gregos consideravam a noite como o momento do pensamento filosófico e da revelação intelectual e a coruja, por ser uma ave noturna, acabou representando essa busca pelo saber. Há ainda uma outra explicação para tal relação, da qual, certamente, o animal não se orgulharia tanto. Com seus olhos grandes e desproporcionais, a coruja se tornou também símbolo da feiúra. Numa língua nórdica antiga, ela era chamada de ugla, palavra que imitava o som emitido pela ave e que daria origem ao termo ugly, "feio" em inglês.

“Assim, a coruja segue o estereótipo do sábio, que geralmente é tido como alguém mais preocupado com as divagações interiores que com a aparência externa”, diz o helenista (estudioso da civilização grega) Antônio Medina Rodrigues, da Universidade de São Paulo (USP). Mas não foi em todas as culturas que o animal se transformou em símbolo de inteligência.

No Império Romano, por exemplo, a ave era considerada agourenta e seu canto anunciaria a proximidade da morte. Além disso, outros animais também foram usados em civilizações diferentes para representar a sabedoria, como a tartaruga para os chineses e o salmão para os celtas.

CORVO – O crocitar do corvo era para os romanos um sinal de esperança (crás! crás! em latim: amanhã! amanhã!). Para os celtas era um importante totem. O organismo do corvo tem de metabolizar as putrefações que consome. Para facilitar o metabolismo ele tem de voar a grandes alturas, onde há maior pressão atmosférica entre outros fatores. Numa simbologia especial pode traduzir-se que, todos os pensamentos inferiores que contraímos neste plano, ou nesta dimensão, poderão ser eliminados se nos elevarmos ou transcendermos a um plano ou a uma dimensão superior.

COTOVIA - É considerada como sendo um símbolo da união entre os reinos terrestre e celestial.

CROCODILO - Símbolo da abundância, que é considerado como sendo o senhor do mundo subterrâneo. No Egito, é um símbolo dos defuntos.

ELEFANTE - A rainha Maya, mãe de Buda, da mesma forma que Maria recebeu a visita do Espírito Santo quando da concepção de Cristo, sonhou que um elefante branco entrou no seu ventre na noite em que concebeu o Salvador. Um mito antigo conta que houve uma época em que os elefantes podiam voar e mudar de forma como nuvens. As trombas ameaçadoras de um elefante em sonhos podem ter um caráter sexual pelo aspecto fálico e podem ainda estar exprimindo um conflito erótico. Frequentemente, os elefantes são considerados como sendo símbolo da castidade.

ENGUIA - Simboliza tudo aquilo que é escorregadio.


ESCARAVELHO - Besouro egípcio, que simboliza o ciclo do sol e a ressurreição.

FAISÃO - É um símbolo do despertar masculino, além de ser considerado um pássaro mensageiro. Ele simboliza a luz, donde é uma imagem ígnea.

FALCÃO - Era considerado como sendo a própria encarnação de Hórus no Egito e é um símbolo masculino, solar que suplantou o feminino, lunar na passagem do matriarcado para o patriarcado.

FLAMINGO - É um pássaro rosado de grande porte que é um símbolo da alma em ascensão para o encontro com a luz.

FOCA - Simboliza a virgindade como decorrência da esterilidade afectiva da pessoa.

FORMIGAS - São consideradas símbolos dos instintos e encontram-se relacionadas ao sistema neuro-vegetativo e por vezes são associadas à vulva. Simbolizam ainda a atividade permanente.

GAFANHOTO - Pela sua característica de causador de destruição das plantações, a sua imagem simboliza os aspectos destruidores da personalidade do indivíduo.

GALO - É considerado um símbolo do tempo, além de possuir um princípio solar, masculino, que aparenta altivez. Os sonhos em que o ego onírico aparece representado na imagem do galo, certamente deverão estar a referir-se aos aspectos de soberba da personalidade do ego.

GANSO - Na Grécia antiga representava um aspecto especial da Mãe-Natureza ou a deusa da natureza, Nemesis. Era ainda considerado como sendo um mensageiro do mundo espiritual.


GARÇA - É considerada como sendo um dos símbolos de Cristo e no Egito era tida como pássaro sagrado.

GATO - É considerado um animal feminino, pois representa tanto o espírito da natureza capaz de criar canções folclóricas e contos de fadas, como o negro feminino, aquele aspecto que nos é bastante familiar através das bruxas. É dessa forma associado à natureza instintiva da mulher, ao prazer e refinamento. É um símbolo da clarividência e dos poderes mediúnicos.

GAVIÃO - No Egito, o deus Hórus era representado por um homem com cabeça de gavião e simbolizava força e poder. Por isso, o gavião também simbolizava, como a águia, os poderes do Sol. Pode ser também o símbolo da rapina, roubo, caça assim como a maioria das aves da mesma espécie, munidas de garras recurvadas.

A fêmea é maior e mais forte do que o macho e isso também faz do gavião um símbolo do poder feminino e é associado ao casal em que a mulher exerce domínio sobre o homem.

No Brasil, caracteriza o sujeito perspicaz, esperto, fino, astuto. A falcoaria era, inicialmente, um esporte aristocrático e, desta forma, a representação de um gavião pousado no pulso era um sinal de poder, domínio, força.

GAZELA - Tem a característica de simbolizar a alma humana quando a procura de Deus e é considerada como sendo uma imagem do ideal espiritual. Na Índia, é vista como sendo um símbolo de Prana, o Senhor dos Ventos.

GOLFINHO - Essa imagem costuma aparecer em sonhos evocando os poderes de transfiguração.

GRALHA - Simboliza o princípio feminino.

GRILO - Esse inseto simboliza a vida, a morte e a ressurreição, e costuma-se dizer que a aparição do grilo simboliza a perspectiva da felicidade.

JAVALI - Na mitologia germânica é um dos símbolos de Wotan; na mitologia hindu é um dos símbolos de Vishnu. Na mitologia grega, quando do episódio da morte de Adónis, aparece como sendo um símbolo de um dos aspectos da natureza de Afrodite, a mãe-amante em seu aspecto animal, violento e destruidor, que tanto é capaz de criar como de tomar a vida. No mito de Ártemis, corresponde à natureza agressiva, feroz e destruidora da deusa quando contrariada nos seus afectos. No mundo cristão, pode ser visto como um símbolo do demônio.

JUMENTO - É considerado como sendo um símbolo da paz, da paciência e da humildade

LAGARTO - É considerado como sendo um dos símbolos transcendentes de profundidade posto que combina uma atividade sub-aquática com a vida terrestre que assustam as crianças.

LEÃO - No cristianismo simbolizava São Marcos; na mitologia egípcia era um antigo símbolo da ressurreição nos rituais fúnebres; no simbolismo medieval era considerado um agente da ressurreição; na simbologia alquímica é a divindade que encerra em si o mistério da morte e renascimento, além de que representava o rei em sua forma pós-mortal. Ele era o guardião do mundo subterrâneo. Quando aparece uma imagem do herói lutando com o leão é comum que se encontre desarmado posto que esse é um símbolo da sua luta consigo mesmo. Em sonhos quando ele aparece, sabe-se que a personalidade se acha confrontada com fortes e apaixonados desejos, paixões e afetos que se tornam mais fortes que o próprio ego.

O leão é o sol inferior, uma representação teriomórfica do princípio masculino que representa o aspecto terreno do símbolo do rei. Encontra-se ainda associado à concupiscência e ao orgulho além de ser um animal combativo mas que pode sugerir impulsos agressivos saudáveis. Quando aparece nas imagens das deusas da lua, é uma representação da natureza voraz da deusa.

LOBO - Na mitologia germânica era considerado como sendo um dos animais de Wotan; na mitologia grega pertencia a Apolo o deus do sol, o princípio da consciência. Era ainda considerado como sendo um animal de todos os deuses da guerra. Quando em sonhos de mulheres, a figura do lobo pode representar o animus ou a atitude devoradora que as mesmas podem ter ao serem possuídas por ele, pois no seu aspecto negativo é um animal bastante destrutivo, que simboliza o princípio do mal e do demônio.

Porém, na mitologia romana, os gêmeos Rômulo e Remulo foram criados por uma loba, que os aceitou como filhos depois de abandonados. Representa a loba a figura da Mãe amorosa.

O lobo é tido como um elemento feminino que vive ansioso pelo peito e que quer constantemente que lhe retirem a sensação de fome, podendo então aparecer a sua imagem simbolizando uma paixão regressiva.

MACACO - Simboliza uma caricatura animalesca, uma imagem desprezível do homem

MORCEGO - simbolizam a clarividência, pois que vêem além das formas e das aparências, sem necessidades da visão ocular. Captam os campos magnéticos pela força da própria energia e sensibilidade.

PAPAGAIO - É considerado como sendo um dos símbolos de Maomé, além de simbolizar a petrificação em função do caráter repetitivo da sua fala, desvinculado de qualquer raciocínio. É, portanto, uma personificação específica de conteúdos que são repetidos sem questionar e sem que se pare para fazer uma avaliação. Costuma ainda ser um símbolo do inconsciente. Em algumas histórias árabes, ele simboliza o psicopompo, uma espécie de Hermes, que fala sempre a verdade, embora de forma um tanto dúbia.

PÁSSARO - Simboliza de modo geral as entidades psíquicas de caráter intuitivo e mental, pois é considerado como uma entidade sem corpo e alada. É um apropriado símbolo da transcendência. Pode ainda estar representando o SELF que surge como um princípio único, uma intuição da totalidade oriunda das profundezas do inconsciente. Por vezes é associado aos pensamentos autônomos que nos surgem para depois desaparecerem com relativa autonomia. É uma intuição profunda, a verdade invisível que se auto-realiza.

Na alquimia, o pássaro encontra-se vinculado ao medo da morte, à separação da alma do corpo, que é a Sublimação definitiva; sendo que existem representações medievais em que a alma deixa o corpo do morto em forma de pássaro. Nos tratados alquímicos, aparece como um guia em direção à experiência interior e os alquimistas consideravam-no como formas gasosas de matéria sublimada, de forma que os espíritos, os vapores e as substâncias evaporadas eram simbolizados por eles, usando representações distintas das suas espécies.

O pássaro SIMORG é um pássaro mitológico de imensas proporções e de cor preta que representa a alma coletiva de todas as aves. Na mitologia germânica, os pássaros pertencem a Wotan e na mitologia greco-romana a Apolo sendo que uma das suas características seria a capacidade de profetizar. Possui ainda o simbolismo de ser um anjo.

PATO - Pode ser considerado um dos símbolos do SELF pela sua capacidade de adaptação e estilo de vida distintos. É um animal da terra, água e ar. É pois considerado como sendo uma função transcendental, ou seja, a capacidade que tem a psique inconsciente de se transformar e de nos levar a uma nova situação que anteriormente nos parecia bloqueada. O pato está em casa, em todos os domínios da natureza.

No Ocidente, tal qual os gansos, está ligado à figura dos demônios e bruxas que com freqüência possuem pés de pato ou de ganso.

PAVÃO - É um símbolo da ressurreição e do Cristo, tal qual a Fênix que também é considerada como sendo um símbolo solar. Na mitologia grega é considerado como sendo um dos animais atribuídos à deusa Hera. É ainda considerado como sendo um símbolo da imortalidade e da totalidade, muito embora a sua imagem esteja associada à vaidade.

PEIXES - É considerado um símbolo de Cristo, além de um dos símbolos do SELF. São vistos como símbolos transcendentais de profundidade e podem simbolizar um conteúdo emergindo espontaneamente do inconsciente.

O peixe tem um duplo aspecto, tanto de redentor como daquilo que deve ser redimido. Leviatã também era um mostro que possuía por símbolo o Peixe, e, no próprio signo zodiacal de Peixes, encontramos dois peixes que nadam em direções antagônicas, como uma representação do bem e do mal, do Cristo e do Anti-Cristo.

O peixe pode ainda simbolizar a lascividade e os instintos mais baixos. Em diversos mitos, simboliza a revelação da Profunda Sabedoria. Nos sonhos, por vezes, o peixe é um símbolo da criança não nascida, pois antes de nascer, vivemos na água como um peixe. Ele traz em si o simbolismo de renovação e renascimento, além de simbolizar os conteúdos autônomos do inconsciente.

PICA-PAU - É considerado um símbolo do princípio paterno. Em Roma, era tido como um "Pater Familias" e no mito de Rômulo e Remo, foi ele quem colocou o alimento nas suas bocas por intermédio do seu bico.

POMBA - Na tradição cristã, a pomba simboliza a pureza, o Espírito Santo e em contos de fadas, uma mulher-amante do tipo Vênus. Na alquimia, a pomba simboliza a operação alquímica da albedo.

PORCO - Pode simbolizar a baixa sensualidade. Circe transformava em porcos os homens que a desejavam.

RÃ - As rãs de um modo geral, são associadas à Mãe-Terra, além de representarem o útero. Hécate,a deusa com cabeça de rã é uma deusa da terra, que tem poderes sobre a vida e a morte. Ela tanto é capaz de envenenar como de dar vida à alguém. As rãs e os sapos têm sido associados ainda a bruxarias, pois é comum que os encontremos como ingredientes indispensáveis nas poções mágicas.
O ato de sonhar com a rã, simboliza que um determinado conteúdo inconsciente está pronto para se tornar consciente, bastando para isso que se queira.

RAPOSA - Na China e no Japão, a raposa é tida como um animal feiticeiro e feminino. Em decorrência disso, costuma-se associá-la à natureza feminina instintiva e primitiva da mulher. Nesses países acredita-se que as bruxas, assim como as mulheres histéricas, costumam tomar a forma da raposa. Ela pode ainda aparecer simbolizando as almas penadas ou como o duplo da consciência humana.

RATOS - Costumam simbolizar a parte inconsciente do ser humano, assim como as preocupações noturnas e as fantasias autônomas. São considerados animais-espírito que algumas vezes aparecem simbolizando conteúdos eróticos. Podem ainda aparecer simbolizando a apropriação indébita dos objetos ou dos afetos

SALAMANDRA - É um símbolo da transformação psíquica.

SALMÃO - É um símbolo de sabedoria e de conhecimento do futuro, além da vitalidade saudável.

SAPO - É considerado em todas as mitologias como um elemento masculino. Na alquimia, traz o simbolismo da prima-matéria que sofre transformação uma vez que exprime a cobiça desenfreada que costuma afogar a pessoa em seu próprio excesso. O sapo quando morre, fica negro e entra em estado de putrefação, enchendo-se do seu próprio veneno. O alquimista submetia então essa carcaça ao fogo do processo alquímico até transformá-lo num elixir capaz de matar ou salvar o indivíduo.

SERPENTES - Costumam simbolizar o sistema nervoso autônomo, a energia instintiva e são símbolos transcendentes da profundidade e costuma também estar associado à sabedoria, à cura e ao auto-conhecimento . O mito da tentação da serpente no jardim do Éden, refere-se à necessidade de auto-realizarão do homem, o princípio da individuação, e é comum que seja apresentada por alguns como a representação simbólica do princípio sedutor da mulher.

A serpente pertence ao reino da mãe e ela pode ser uma representação simbólica em sonhos, do medo do incesto como regressão e a imagem em que o ego onírico é envolvido por uma delas é um símbolo de penetração no ventre materno, e que corresponde à mesma simbologia da imagem de devorar uma serpente.

Na Antiguidade, era considerada como sendo o símbolo da terra, que sempre foi concebida como feminina. Quando o ego onírico é mordido por uma delas, o seu simbolismo é o mesmo de sucumbir à sua tentação, o que nos diz que o ego vígil vai viver uma transição de considerável importância. A picada refere-se à exigência do inconsciente do ego vígil que a princípio age de forma paralisante sobre a sua energia e a sua iniciativa.

Os sonhos frequentes com essa imagem podem estar a apontar para uma dissociação por parte do ego vígil entre a sua vida consciente e a instintiva. Elas podem ser vistas também como uma representação do falo, mas só poderá ser interpretada como falo, se a encararmos como o simbolismo gerador e criativo da libido. Para os gnósticos, é um símbolo do tronco e da medula cerebral.

TARTARUGA - É considerada um símbolo da totalidade, do SELF.

TIGRE - É um símbolo das emoções negativas destrutivas.

TOURO - Em sonhos, o ato de matar um touro simboliza a ascendência da consciência humana sobre as forças emocionais animalescas, sendo que as touradas são um símbolo da superação ao impulso sexual, através do auto-controle e disciplina. Nos "mistérios mítricos", a imolação do touro ocupava um papel de destaque. Nesses cultos, ele era chamado de "guardião do eixo da terra", e são eles que invertem o "eixo do círculo do céu”. Mitra, que era chamado de Jovem, possuía um séquito de deuses jovens com cabeça de touro, que eram um desdobramento dele mesmo, a divindade maior.

O abate do touro significa um domínio sobre os instintos animais, mas também uma violação da lei.O animal representa o instinto e a proibição, e o homem sente-se mais homem, quando é capaz de sacrificar sua natureza animal.

Os sonhos em que aparecem o ego onírico carregando um touro, tal qual Mitra o fez, tem o mesmo significado que a via sacra de Cristo, é um símbolo de renascimento. Mitra carrega o touro vencido, numa representação do pai, do monstro, gigante e animal perigoso. O touro é um símbolo da fecundidade, e Júpiter coabitou com Deméter, a deusa da fecundidade, sob a forma de um touro.

URSO - Divindade cultual mais antiga do mundo que é considerada como sendo um símbolo do inconsciente, ligado à terra-mãe, e é uma representação simbólica dos nossos instintos. Em Hokkaido no Japão, os caucasóides conhecidos como Aino, tinham o culto do urso.

VACA - Como símbolo materno encontra-se nas mais diversas formas e variações da Hátor-Ísis. É um símbolo de fertilidade e renovação.


Alguns animais e seus significados místicos:

Águia - Iluminação, a visão interior, invocada para poderes xamânicos, coragem, elevação do espírito a grandes alturas;
Aranha - Criatividade, a teia da vida, manifestação da magia de tecer nossos sonhos;
Abelha - Comunicação, trabalho árduo com harmonia, néctar da vida, organização.
Alce - Resistência, auto-confiança, competição, abundância, responsabilidade.
Antílope - Cautela, silêncio, consciência mística através da meditação, calma, ação.
Baleia - Registros da Mãe Terra, sons que equilibram o corpo emocional, origens;
Beija-flor - Mensageiro da cura, amor romântico, claridade, graça, sorte, suavidade;
Borboleta - Auto-transformação, clareza mental, novas etapas, liberdade;
Búfalo - Sabedoria ancestral, esperança, espiritualidade, preces, paz, tolerância;
Cabra/cabrito - Determinação para ir ao topo, nutrição, brincadeiras.
Camelo - Conservação, resistência, tolerância.
Canguru - Proteção maternal, coragem para seguir em frente nas fraquezas.
Castor - Novos canais de pensamentos, construção, segurança, conforto, paciência.
Cisne - Graça, fidelidade, ritmo do Universos, ver o futuro, poderes intuitivos, fé.
Coiote - Malicia, artifício, criança interior, adaptabilidade, confiança, humor.
Coelho - Fertilidade, medo, abundância, crescimento, agilidade, prosperidade.
Condor - Idem a águia, é um dos filhos do Sol no Peru, representa o Mundo Superior.
Coruja - Habilidades ocultas, ver na escuridão, a vigília, a sombra, sabedoria antiga.
Corvo - Guardião da magia, mistério, predições, mensageiro, dualidade, assistência.
Cavalo - Poder interior, liberdade de espírito, viagem xamânica,força ,clarividência;
Cachorro - Lealdade, habilidade para amar incondicionalmente, estar a serviço;
Cobra - Transmutação, cura, regeneração, sabedoria, psiquismo, sensualidade;
Coiote - Malícia, artifício, criança interior, adaptabilidade, confiança, humor.;
Coruja - Habilidades ocultas, ver na escuridão, a vigília, a sombra, sabedoria antiga;
Doninha - Poderes ocultos, vivencia, poder de esconder, observações, segredos.
Elefante - Longevidade, inteligência, memória ancestral, ancestrais enterrados.
Esquilo - Divertimento, planos futuros, reunião, observar o óbvio.
Esturjão - Determinação, sexualidade, consistência, profundidade, ensinamento.
Falcão - Precisão, mensageiro, olhar a volta, abertura a distância, oportunidades.
Formiga - Comunidade perfeita, paciência, trabalho duro, força, resistência, agressividade.
Gaivota - Voar através da vida com calma e esforço para alcançar objetivos.
Gambá - Campo de proteção, reputação, repelir quem não o respeita, respeito.
Gato - mistérios, poderes mágicos, sensualidade, independência, visões místicas, limpeza.
Galo - Sexualidade, fertilidade, oferendas, cerimônias, altivez.
Girafa - Calma, inspiração para se atingir grandes alturas, suavidade, doçura.
Golfinho - Pureza, iluminação do ser, sabedoria, paz, amor, harmonia, comunicação.
Gorila - Sabedoria, inteligência, adaptabilidade, guardião da terra, habilidade.
Guaxinim - Bom humor, limpeza, sobrevivência, tenacidade, inteligência, folia.
Hipopótamo - Desenvolvimento psíquico, intuição, ligação água-terra, aterramento.
Jacaré - Instinto de sobrevivência, o inconsciente profundo, o caos que precede a criação.
Jaguar - A busca em águas da consciência, mensageiro, interação mente e alma.
Javali - Comunicação entre pares, expressividade, inteligência.
Lagarto - Otimismo, adaptabilidade, regeneração, sonhos, renovação, transformação.
Leão - Poder, força, majestade, prosperidade, nobreza, coragem, saúde, liderança, segurança, auto-confiança.
Leopardo - Conhecimento do subconsciente, compreender aspectos sombrios, rapidez.
Lince - Segredos, conhecimento oculto, tradição, ouvir para o crescimento.
Libélula - Ilusão, ventos da mudança, comunicação com o mundo elemental.
Lobo - Amor, relacionamentos saldáveis, fidelidade, generosidade, ensinamento.
Macaco - Inteligência, bom humor, alegria, agilidade, perícia, irreverência, amizade.
Minhoca - Regeneração, resistência, auto-cura, transformação.
Morcego - Renascimento, iniciação, reencarnação, habilidades mágicas.
Onça - Espreita, proteção de espaço, silencio, observação. Precisão.
Pantera - Mistério, sensualidade, sexualidade, beleza, sedução, força, flexibilidade.
Pato - Desenvolvimento de energia maternal, fidelidade, nutrição energética.
Peru - Dar e receber, transcendência, dádivas, celebração.
Porco-Espinho - Fé, confiança, inocência, inspiração para realizações, dentro da essência.
Puma - Força, mistério, silêncio, sobrevivência, velocidade, graça, liderança, coragem.
Pica-Pau - Regeneração, limpeza, comunicação, proteção, unido aos Espíritos do trovão.
Pingüim - Viver em comunidade, fidelidade, lealdade nos romances.
Pombo - No cristianismo simboliza o Espírito Santo, paz, comunicação, mensagem.
Raposa - Habilidade, esperteza, camuflagem, observação, integração, astúcia.
Rato - versatilidade, alerta, introspecção, percepção, satisfação, aceitação.
Salmão - Força, perseverança, nadar contra a maré, determinação, coragem.
Sapo - Evolução, limpeza, transformação, mistérios, humor, ligado a chuva.
Tartaruga - Estabilidade, organização, longevidade, paciência, resistência, proteção, experiência, sabedoria, Mãe-Terra.
Tatu - Limites, doas dá a armadura, limites emocionais, protege a saúde.
Texugo - Agressividade, coragem, formar, alianças, persistência, agir em crise.
Tigre - Aproximação lenta, preparação cuidadosa, aproveitar oportunidades.
Touro - fertilidade, sexualidade, poder, liderança, proteção, potencia.
Urso - Introspecção, intuição, cura, consciência, ensinamentos, curiosidade.
Vaga-Lume - Iluminação, entendimento, força de vida, luz e escuridão, maravilhas.
Veado - Delicadeza, sensitividade, graça, alerta, adaptabilidade, coração/espírito, gentileza.


Animais Místicos

Cavalo Alado - Elevação, transmutação, beleza, viagem astral,aventuras, mistério, fascínio.
Centauro - Instinto animal, ligação homem-animal, anarquia, sexualidade, fertilidade, cura.
Dragão - Potência e força viril, proteção Kundalini, calor, mensageiro da felicidade, senhor da chuva, fecundação, força vital.
Elefante Branco - Força, bondade, escolha de caminhos, ligações extraterrestres, mistério.
Fênix - Renascimento, fascínio, animal do Sol, imortalidade da alma, elevação, purificação.
Sátiro - Libertinagem, divertimento, impulso sexual, instintos, fantasias sexuais.
Unicórnio - Rapidez, mansidão, pureza, salvação, espiritualidade, inofensivo.

MAPA ASTRAL


"Cada um recebe seu livre-arbítrio de acordo com o Destino que deve cumprir. Nós fazemos, nós queremos o que o tema de nascimento nos incita a fazer e a querer."
(Panisha - A Nova Astrologia)

A finalidade última do ser humano é viver com alegria. A plena experiência da alegria exige uma percepção clara de quem você é e de suas capacidades. A realização de nossas capacidades faz parte de nosso processo de desenvolvimento e cooperamos com nosso crescimento interior, ouvindo o que se passa dentro de nós.

A busca do autoconhecimento, independentemente do sexo, idade, preferência sexual, é nada mais do que o desejo de se viver melhor, de se relacionar melhor, de se encontrar e descobrir seu especial propósito nesta vida. Sabemos, intuitivamente, que esse propósito está escrito em nosso código genético ou guardado com nosso Eu superior, ou seja, uma parte de nós que sabe o que estamos destinados a nos tornar e o caminho que precisamos seguir para chegar lá.

Nossas emoções, comportamentos, desejos, fantasias, sonhos, ódios e talentos interligados formam um mecanismo que atrai para nós situações e relacionamentos que tenham a mesma espécie de substância.

Assim o que acontece em nossa vida pessoal é de alguma maneira um reflexo, uma fotografia simbólica de algo que está dentro de nós. Nossa vida vai transcorrer conforme esse processo de atração. Quanto menos conhecemos de nosso interior, mais andaremos às cegas, atraindo coisas para nossa vida, para o bem ou para o mal, quer tenhamos conhecimento disso ou não. Quanto mais conscientes formos mais escolhas teremos.

O "Conhece-te a ti mesmo" encontrado no oráculo de Delfos quer dizer que somos responsáveis por tudo aquilo que vem a nós, que temos que arcar com a parte que nos cabe na criação de nossos mundos.

A sincronicidade, ou, assim como é embaixo, é em cima, entre o movimento dos astros e os eventos de nossas vidas, é o pressuposto básico da Astrologia, a partir daí, ela se propõe a servir de base para o autoconhecimento e a ampliação da consciência.
O mapa astral é um mapa do sistema solar no exato momento hora, dia e ano do nascimento, que o simbolismo da astrologia transforma em uma fotografia das energias básicas da vida e dos seres humanos. É assim que funciona a astrologia, um modelo representativo e simbólico de nosso padrão de crescimento, de nossos dons e potenciais.

Nosso mapa natal só tem sentido quando visto como um instrumento que mostra o caminho que pode nos levar ao nosso centro, a nós mesmos. É útil na medida em que nos guia e revela o que nosso Eu interior tem em mente para nós. Uma carta natal tem o objetivo de refletir, é, na verdade, um espelho.

Muitas pessoas nascem no mesmo dia, e muito embora possuam mapas muito semelhantes têm vidas diferentes. Isto indica que cada um de nós, possui escolhas. Somos livres para usar bem ou mal nossas energias, do modo que desejarmos. Somos testados em muitas ocasiões durante nossa vida e, como resultado de nossa reação a essas provas, toda nossa vida pode mudar. Escolhemos sempre, reagimos diferentemente, tanto na forma como na linha do tempo, ao simbolismo dentro de nós.

O mapa natal mostra, portanto, nossos potenciais, o livre arbítrio é que faz com decidamos o que fazer com nossos potenciais. Temos a opção de nos tornarmos uma bela árvore florida ou então um péssimo exemplar que nunca frutificará, o jardineiro somos nós mesmos.

Entretanto, embora o livre-arbítrio nos possibilite escolher de que maneira desejamos usar nossas energias, temos nossos limites naturais e o mapa natal mostra quais são nossas delimitações. É simples, um ariano não pode se tornar um geminiano, mas este ariano pode escolher entre ser um ariano feliz ou infeliz.

A carta natal representa uma estrutura permanente, que nos acompanha a vida inteira. No entanto as configurações não agem simultaneamente. Em cada etapa da vida, elas têm um valor diferenciado, tornando-se intensas quando ativadas por trânsitos e progressões. Certas potencialidades e talentos podem aflorar e submergir, podem estar reprimidos e passarem a causar diferentes pressões, originando várias disfunções.

No decorrer de nossa vida, os movimentos dos planetas são experimentados de duas maneiras parte como vontade própria, essa é a que temos consciência, parte como algo que vem de fora, que chamamos de fatalidade, destino ou circunstância fora de nosso controle. Entretanto, trânsitos e progressões sempre indicam a realização de várias fases do potencial original. Fazem parte da linguagem simbólica, os planetas não causam qualquer coisa, são meramente signos da manifestação da intenção original.

A utilidade primeira da leitura de nossa carta natal é mostrar nossas potencialidades para a transformação da energia, sugerindo as potencialidades dinâmicas com que nascemos e que podemos expandir com a força dos trânsitos e progressões, mas, sobretudo, em cooperação com a energia universal que está continuamente à nossa disposição.
(Texto: por Jomara Araújo)

CICLOS PLANETÁRIOS E IDADES


Tudo no mundo funciona em ciclos. Assim como as estações do ano, as fases da lua e as marés seguem movimentos periódicos, os planetas se deslocam ciclicamente, simbolizando, no macrocosmo, as fases da vida humana (microcosmo).

A idade e o amadurecimento tem uma íntima correspondência com os ciclos planetários e, apesar de cada ser humano reagir de forma diferente a estes ciclos, podemos delimitar as fases de desenvolvimento como entrada na adolescência, vida adulta, crise da meia idade, dentre outras.

Para determinar estas fases, a astrologia tem como base o estudo do mapa natal dos indivíduos e os trânsitos astrológicos, ou seja, o movimento dos planetas em cima deste mapa natal.

Como os astros se movimentam em ciclos periódicos e geralmente invariáveis, pode-se determinar qual a idade que, por exemplo, um planeta em trânsito fará oposição a um planeta natal de uma pessoa.

Para a análise das fases do desenvolvimento de cada um, são usados os ciclos dos planetas mais distantes, que levam mais tempo para dar uma volta completa no Sol, ou, falando em termos astrológicos, para fazer uma revolução.

Júpiter, quinto planeta do sistema solar, por exemplo, leva 12 anos para efetuar uma volta completa em torno do Sol, percorrendo um signo por ano. Por isso, os astrólogos identificam nas pessoas uma importante fase de Júpiter aos 12 anos, 24 anos, 36 anos e assim por diante, que é a época em que o planeta passa no mesmo ponto onde estava na hora do nascimento daquela pessoa. Também são levados em conta outros aspectos que o planeta em trânsito forma com o planeta natal, como trígonos, quadraturas e oposições.

A mesma técnica é usada em relação a Saturno, que dá uma volta em torno do Sol a cada 29 anos, Urano, 84 anos e Netuno, 164.

Plutão é mais difícil de ser analisado, já que tem uma órbita bastante irregular, passando às vezes 20 anos em um signo e 10 anos em outro.

Cada período da vida de um indivíduo é distinto e requer habilidades, posturas e atitudes condizentes com este momento. Não há nada mais triste do que estar inadequado a idade que se está vivendo.

Tudo isso deveria vir naturalmente, se o homem estivesse em harmonia, em sintonia com seus processos biológicos, psíquicos e mentais para encarar seus ciclos com naturalidade.
(Texto: Carol Ferreira)

INFERNO ASTRAL SEGUNDO A ASTROLOGIA


O assunto "inferno astral" gera certa polêmica até mesmo entre astrólogos profissionais. Para a maioria das pessoas, no entanto, falar sobre isso é uma boa justificativa para culpar os céus pelas coisas que deram errado. Bom, não é? É ótimo podermos arrumar um bode expiatório para tudo o que não queremos que seja nossa responsabilidade.

Só tem um probleminha: somos donos de nosso destino e, como os astrólogos devidamente formados filosoficamente sempre dizem, não existe uma influência "benéfica" ou "maléfica" vinda de fora de nós mesmos. Nós fazemos as coisas acontecerem.

Existem várias formas de classificar o chamado "inferno astral". Uma delas diz que ele se inicia 40 dias antes do aniversário. Outra diz que é nos últimos 30 dias antes do aniversário. Outra já fala que é apenas durante a passagem do Sol pelo signo que precede nosso signo de nascimento. Como? Assim, se você é de Libra, o signo que precede o seu é Virgem, portanto, Virgem seria seu inferno astral. Bom, não preciso citar todas as formas imaginadas para identificar o período. Já deu para ter uma idéia, não?

Pois bem, repararam que estamos falando de um período que precede um começo? Ora, o aniversário não é um começo? O aniversário é uma repetição do ciclo do Sol, que chega exatamente ao ponto em que estava no momento em que nascemos. Reiterando algo que já foi dito em vários outros artigos quando alguém diz "meu signo é tal", esse alguém está se referindo ao signo onde se encontra o Sol. É o signo solar, portanto.

A propósito, como o movimento da Terra não equivale a 365 dias exatos em torno do Sol, nem todo ano ele estará no grau em que está no mapa no dia em que comemoramos o aniversário. O aniversário do grau solar pode ocorrer um ou dois dias antes ou depois.

Se o inferno astral precede o reinício do ciclo solar, isso quer dizer que ele é o final de um ciclo, concordam? Muito bem, reparem, e isso é comum na tradição astrológica, como todos os finais de ciclos são desgastantes, às vezes tristes, outras vezes cheios de ansiedade.

Exemplos de final de ciclo a fase tensa antes do fechamento de uma grande empresa, a fase do término da infância e início da adolescência, a gradativa perda de vitalidade durante o término da juventude, a tediosa ou tensa fase que precede o fim de um namoro. São finais e, ao mesmo tempo, fases preparatórias para o recomeço.

Toda fase preparatória é difícil, pois estamos aprendendo a lidar com coisas ainda latentes que vão-se apresentando à nossa consciência para serem trabalhadas e operacionalizadas. Isso explica o fato de muitas pessoas sentirem certa diferença na época imediatamente anterior ao aniversário. O que explica as adversidades, todavia, são três fatores:

a) ciclos de vida (aspectos astrológicos) que coincidem com a fase,
b) processos de causa e efeito,
c) a atitude mental.

A letra "a", fala de ciclos maiores que contém, inclusive, o mês que classificamos como "inferno astral". Um período de transformações e de conscientização dos próprios limites pode ser confundido com um agravamento de condições difíceis supostamente provocadas pelo inferno astral.

Um dos vários exemplos é o trânsito de Saturno pelo Sol de nascimento. Por outro lado, ciclos considerados favoráveis podem estar ocorrendo e contrariando o que se diz sobre o inferno astral. Durante o mês anterior ao aniversário, Júpiter em trânsito pode estar em conjunção com Vênus do mapa natal, o que corresponde, em teoria, a uma fase afortunada nos afetos e nas finanças.

A letra "b" fala de nossas atitudes e de nossas convicções que podem ter causado exatamente aquilo que os ciclos sugeridos na letra "a" indicam. Causa: há 3 meses você vem faltando e chegando atrasado(a) no trabalho e ainda fala mal do patrão logo para um puxa-saco. Efeito: "rua", justo quando chega o "inferno astral". Aí você pensa "claro, estou passando pelo inferno astral", e convence a si que foi um elemento externo e não você quem causou o problema.

A letra "c" fala do mais importante dos três processos o que você acredita é o que você é. O que você cria na mente, você faz acontecer no cotidiano, mesmo que não perceba. Se você diz "Xiii… chegou meu inferno astral. Agora tudo vai dar errado.", então vai mesmo dar tudo errado. O universo inteiro vai conspirar a seu favor, quer dizer, contra você, pois seu próprio pensamento está contra você.

Tudo o que enfiamos na cabeça a respeito do período, seja graças à mídia, seja à nossa falta de senso crítico, que nos torna excessivamente vulneráveis à mídia, tende a ser confirmado. Isso acontece também porque nossa mente é seletiva. Vemos o que queremos ver, ouvimos o que queremos ouvir e entendemos o que queremos entender. Se estivermos predispostos à negatividade de pensamento, então para nós um pirulito, em vez de parecer ser um doce gostoso, vira um veneno que provoca cáries e cujos corantes artificiais vão-nos provocar câncer (a doença, não o signo).

O que pouquíssimas pessoas lembram, é que mesmo durante a fase que precede o aniversário (que, segundo se popularizou, é cheia de dificuldades), existem pessoas (muitas) que passam pela fase tranqüila e alegremente.

Não se trata somente de um olhar positivo sobre a vida, o que, é claro, reduz tremendamente as adversidades. Trata-se de um ciclo de vida individual que está sendo processado. O que foi dito na letra "a" a respeito de um ciclo mais difícil, também se aplica a um ciclo cheio de oportunidades que abrange também a época antes do aniversário, tornando-o muito feliz a despeito do inferno astral.

Claro a atitude mental conta bastante até em ciclos afortunadíssimos. Podemos estar passando por um trígono (aspecto fluente) da Lua progredida com Júpiter natal, outro com Saturno e outro com o Meio do Céu e ainda assim sentirmos frustração, quando o ciclo indica grandes realizações e facilitações.

Se você não acredita em seu potencial, se não se esforça por desenvolvê-lo ou por adquirir, mesmo aos poucos, os recursos de que necessita, então fica mesmo difícil.

Não custa nada dar uma forcinha a si mesmo e agir sem esperar que algo caia do céu, não? Agindo, os benefícios surgem com mais facilidade num ciclo como esse, sem dúvida.
(Texto: Carlos Hollanda)

15 de junho de 2010

SOBRE OS PLANOS


Em todas as mitologias de todos os povos do planeta, sem exceção, existem contos e textos descrevendo o encontro de seres do Plano Material com seres do Plano Astral. Estes seres são chamados pelos profanos de Fantasmas, Assombrações, Espíritos, Encostos, Poltergeists, Kamis, Veneráveis, Ancestrais e outros infindáveis nomes.

Estes seres são basicamente exatamente como nós; apenas estão em outra faixa de vibração, indetectável para a maioria das pessoas. Entendendo este princípio simples, fica muito fácil de explicar todos os fenômenos ditos “paranormais” ou “sobrenaturais.

Para falar deste assunto, usarei termos menos complicados, na maioria das vezes, para facilitar a compreensão dos iniciantes. Para começar a entender como todo este processo de diferentes vibrações funciona, vamos fazer uma analogia simples, analisando nossos cinco sentidos:

Em nossa visão, detectamos uma faixa de vibrações do espectro que vai do vermelho ao violeta. Abaixo desta faixa, temos o chamado Infravermelho e acima o Ultravioleta, cores que existem, mas somos incapazes de detectar. O primeiro aparelho capaz de detectar infravermelho foi construído a menos de dois séculos, mas graças às telecomunicações, esta é uma das áreas da ciência ortodoxa mais avançada das últimas décadas.

Nos sons, temos uma faixa audível para o ser humano entre 20Hz e 20kHz. Abaixo deste valor temos os chamados Infrasons e acima disto os chamados Ultrassons, que os seres humanos não são capazes de detectar.

Nos paladares, além dos 4 sabores tradicionais (salgado, doce, azedo e amargo), os cientistas descobriram um quinto sabor, já conhecido há muito tempo pelos orientais com o nome de Umami e recentemente cientistas descobriram que alguns ratos são capazes de sentir um sexto tipo de sabor. Ainda há muito debate sobre isso e os cientistas não chegaram a nenhum acordo a respeito, mas sabe-se que existem sabores que não são detectados pelo paladar humano, apenas por alguns animais.

Nos odores, existem alguns que o ser humano consegue captar e outros que não consegue detectar (chamados ferormônios). O estudo nesta área ainda está engatinhando e começa a ser projetados aparelhos experimentais capazes de detectar odores para uso prático, como detectar explosivos, drogas e outros aparelhos.

Nos dias de hoje, o melhor aparelho para se detectar explosivos continua sendo um cachorro. Ou seja, a ciência ortodoxa não é capaz de detectar com precisão nem ao menos odores ou gostos, quanto mais matéria sutil como a Luz Astral e o Pensamento.
Finalmente chegamos ao tato. Sabemos através de Einstein que a matéria é energia, coisa que os antigos ocultistas conheciam há milênios (apenas usavam palavras diferentes para expressar a mesma idéia).

Todos os objetos considerados “sólidos” são, na verdade, grandes vazios eletromagnéticos compostos de cargas positivas e negativas, que por estarem no mesmo plano de vibração, seus campos eletromagnéticos as repelem, causando a sensação de “físico” que possuímos ao tocar em um objeto “sólido”. Mesmo assim, existem partículas que são tão pequenas que nossos instrumentos não são capazes de pesar, como os Neutrinos (e somos bombardeados o tempo todo por milhões deles por segundo, vindos do Sol).

Para os ocultistas, os seres humanos possuem sete corpos:

1. O Corpo Físico (este de carne e osso);

2. O Duplo Etérico (que possui uma infinidade de nomes, de acordo com a tradição estudada: perispírito, campo etérico, corpo vital, biossoma, corpo ódico, corpo bioplasmático, prânamâyakosha, Veículo de Prana, etc). O Duplo etérico faz a ligação entre nossos corpos mais sutis e o nosso corpo físico, adotando a mesma forma que nosso corpo físico. Estudar o duplo-etérico é extremamente importante para compreendermos a maioria das lendas a respeito de fantasmas e assombrações.

3. O Corpo Astral propriamente dito. Aquele que se desdobra nas projeções astrais e que permanece ligado ao físico pelo chamado cordão de prata. Os espíritas chamam este corpo de “alma”, os gregos chamavam de Psique.

4. O Corpo Mental. Aqueles que supõem que a mente é o cérebro estão totalmente equivocados. A mente é energética, pode permanecer independente da matéria densa, pois é um corpo à parte, constituído de matéria mental. A mente elabora os pensamentos que se expressam por meio de cérebro. Pensamentos, mente e cérebro são três coisas totalmente distintas.

Entre o ato de se desejar um movimento e o corpo físico efetivamente se movimentar, há um pequeno intervalo de tempo, necessário para se passar a informação da mente para o corpo astral, para o duplo etérico e finalmente para o corpo físico. O cientista Benjamin Libet chamou isso de “potencial pré-motor”.

Desta maneira, a razão converte a mente em um campo de batalha. O processo de racionalização extremada acaba rompendo as delicadas membranas do corpo mental, aprisionando-os no corpo físico (ver sobre Hod em Hermes Trismegistus I). Segundo a filosofia oriental e gnóstica, o pensamento deve fluir silencioso sereno e integralmente, sem o batalhar das antíteses (ver sobre Netzach em “Deuses e Kabbalah).

O corpo mental pode viajar através do tempo e do espaço, independentemente do cérebro físico.

Em um determinado processo do estudo esotérico, o discípulo aprende a se desdobrar em corpo astral. Já em corpo astral, aprende a abandonar este corpo e a ficar no corpo mental.

De acordo com a Teosofia, o corpo mental da raça humana encontra-se no início de sua evolução, estando quase que completamente desorganizado (chamado corpo mental lunar).

5. O Corpo Causal (ou da Vontade) é o chamado quinto corpo e vem a ser o veículo da alma humana. No ser humano comum este corpo ainda não está formado, tendo encarnado dentro de si mesmo apenas uma fração da alma humana. Tal fração é denominada “essência” e no zen budismo japonês “Budhata”. É a Lua dos Alquimistas, a princesa dos contos de fadas, que precisa ser libertada dos castelos do Mundo Material.

Podemos e devemos estabelecer diferença entre o seu corpo da vontade de seres humanos comuns e correntes, do tipo lunar e o corpo da vontade consciente de um Mestre. O legítimo corpo da vontade permite ao adepto realizar ações nascidas da vontade consciente e determinar circunstâncias.

O Corpo Causal é a tal “força de vontade” que os leigos tanto apregoaram em filmes como “o Segredo”. É através deste corpo que materializamos nossas “telas mentais” para a realização de desejos.

6. O” Budhi ” ou Alma Divina. É um corpo totalmente radiante que todo ser humano possui, porém, ao qual ainda não está intimamente ligado. É Tiferet na Kabbalah, o “Espírito Crístico” de Jesus, o deus-solar dos Antigos e o Sol do Casamento alquímico dos hermetistas. É o cavaleiro de Armadura Brilhante dos contos de fadas. Quando desenvolvido plenamente, faz com que nos tornemos verdadeiramente iluminados.

7. O corpo Átmico, Atman ou Atmã. Chamado também de o Deus interno, o real ser, o íntimo de cada um, o EU SOU.

Atman em si mesmo é o ser inefável, o que está além do tempo e da eternidade. Não morre e nem se reencarna, é absolutamente perfeito. Atman se desdobra na alma espiritual, esta se desdobrando na alma humana, a alma humana se desdobra na essência e essa essência se encarna em seus quatro veículos (corpo físico, etérico, astral e mental), se veste com eles.


Isto colocado podemos entender o primeiro deus Psycopompo: Thanatos, o Deus dos Mortos. O Plano Astral é a morada daqueles que ainda não encarnaram ou que estão em fase intermediária entre duas encarnações.

Quando uma pessoa morre (ou “desencarna”, ou “passa para o oriente eterno”, como preferirem), ela abandona seu corpo material e permanece no Astral com seus seis corpos sutis, na forma que seu duplo-etérico (perispírito) possuía quando faleceu.
Neste ponto de nossa trama, existem muitas histórias e possibilidades. Estas pessoas são chamadas de “Espíritos” pelos kardecistas e são eles que se comunicam na maioria das vezes em sessões mediúnicas.

Após algum tempo no Astral, os mortos abandonam seu duplo etérico, que se dissolve, e permanecem apenas com seu Corpo Astral, que vai para Planos de Consciência mais sutis, onde recebe outro duplo-etérico na ocasião de um novo nascimento. Quanto mais evoluído é o espírito, menos tempo ele passa na forma de seu Perispírito.

Quando o duplo-etérico é abandonado no Astral, ele pode resultar nos chamados cascões astrais, que são formas vazias possuidoras da imagem de alguém que faleceu recentemente. Muitas vezes estes cascões astrais podem ser habitados temporariamente por elementais (muitas vezes as imagens projetadas em centros espíritas não são na realidade a pessoa falecida, mas apenas o cascão astral dela, animado por um Elemental).

Eles também formam os chamados “obsessores”, “encostos”, “assombrações”, “fantasmas” e outros nomes, dos quais falaremos depois.