11 de junho de 2010

OS "DEUSES" DE MUITOS POVOS


Quando analisamos a história da humanidade muitas vezes nos defrontamos com situações cuja explicação não é fácil a não ser para o conhecimento de poucos.

Sem dúvida alguma o maior celeiro de pensadores e filósofos deste atual ciclo de civilização foi a Grécia antiga. Na civilização grega viveram pessoas de nível cultural muito elevado e que, no campo da filosofia e da metafísica, foram sensacionais a ponto de ainda hoje nortear o mundo moderno. O pensamento filosófico grego atravessou séculos e por certo a sua influência ainda travessará outros séculos.

Se, por um lado, os gregos eram afeitos ao pensamento lógico para muitas coisas, chegando a terem conhecimento da estrutura atômica da matéria, por outro lado a religião predominante era deveras elementar, para não dizer, cretina.

Na Grécia os deuses viviam no monte Olímpo. O principal deles era Zeus, um deus rigoroso, vingativo, boêmio, inescrupuloso, libertino, conquistador, sedutor e mesmo estuprador. Todos os deuses do Olimpo eram tanto ou quanto assim e para os gregos eles tinham existência bem objetiva, não eram apenas mitos.

Os senhores do Olimpo eram "deuses" muito humanizados, cada um retratava um tipo de personalidade humana, assim muitas pessoas chegam a pensar que cada um deles retratando um tipo definido da psique humana, na verdade seriam apenas representações simbólicas da natureza humana. Mas, devemos ter em mente que todas as qualidades dos deuses do Olimpo eram característica apenas da inferioridade humana.

Nenhum dos deuses retratava o lado espiritual elevado, as virtudes. Retratavam, sim, o lado negativo, os vícios, as mazelas e deixavam sobressair com grande evidência o orgulho, o ciúme e a inveja. As querelas do Olimpo eram tremendas, conquistas, vinganças, filhos bastardos e traições de todos os tipos. Os deuses gregos viviam (se manifestavam) no Olimpo e ali era o palco das mais descabidas rixas entre deusas ciumentas que tentavam destruir suas rivais; de competições desonestas entre deuses, tudo num nível tão baixo capaz de fazer inveja à qualquer corte medieval. Os deuses do Olimpo ganhariam em trivialidades para o "submundo" palaciano dos reinos terrenos.

O mesmo podemos dizer dos deuses do Panteon Romano. Roma, que chegou a dominar quase todo o mundo, tinha uma elite intelectual, mas ao mesmo lá existia uma religião baseada em deuses que, em qualidade, eram bem semelhantes aos deuses da Grécia e até mesmo comuns àquele dois povos.

Bem distante, na América onde se estabeleceu a Civilização Maia, também havia muitos deuses e muitos deles tinham uma natureza semelhante aos deuses do Olimpo.

Vejamos o nome de alguns deuses dos Maias:

Hunab-ku equivalente a Zeus, Ixazabhaloch, deusa da tecelagem; Ixchebelyax, deusa da pintura; Zuhyuyakah, deusa da virgindade; Zitholontum, deus da medicina; Xocvitum, deus do canto; Akinzoe, deus da música; Pizlimtec, deus da poesia; Kukulcan, deus da guerra; Ahchuy-kak, deus do passado e dos atributos; Acate, deus do comércio; Mutulzec, deus das torturas; Chas, deus da agricultura; Tabai, deus da pesca; Kinichkakmo, deus do fogo; Ztab, deus do suicídio; Ekxhuah, deus dos viajantes e; Kabul deus de um lugar desconhecido; Kakupacat, deus do fogo e Hun Ahau ou Yum Kimil, deus do submundo. O submundo maia era semelhante àquele submundo presidido por Plutão na Grécia. Seria um lugar envolto em escuridão eterna, e para onde iam as pessoas más. Ali sofriam frio, fome, sede, insônia, tortura por toda a eternidade. O céu era governado por quatro Bacabes, cada um ficava num dos pontos cardeais. Havia o deus do vento, o deus da chuva e o deus dos ventos.

Hunab-Ku, o Supremo Criador e de seus olhos escorriam duas correntes de lágrimas, uma para a direita e outra para a esquerda. Das lágrimas nascia toda a vida da terra, a flora e a fauna. Isto representava a criação como sendo um ato de sofrimento.

Muitos dos deuses maias eram de natureza negativa, mas nem todos e não ao nível dos deuses gregos. Assim, muito dos deuses dos maias tinham caráter positivo.

Embora a civilização grega haja mantido contactos com a civilização da Atlântida, como veremos depois em outra palestra, o conhecimento oculto estava mais sedimentado na civilização da península de Yucatan, para onde emigraram os atlantas, do que na própria Grécia. Talvez, por isso entre os deuses maias alguns tinham um significado espiritual positivo, o que jamais aconteceu com os deuses gregos.

A civilização maia primitiva era mais metafísica, mas, no decorrer do tempo e à medida que aquela ia entrando em declínio, na medida em que o lado negativo da natureza foi ampliando o seu poder, então começaram a surgir deuses objetivos, semelhantes àqueles que viviam no Olimpo.

Seguiram-se outras grupos cada vez mais envolvidos e degenerados chegando ao nível dos Aztecas cuja religião, povoada de deuses altamente sanguinários, que exigia sacrifícios de vidas e mais vidas. Os Aztecas chegaram a tamanho requinte de perversidade que continuamente imolavam milhares de pessoas das quais arrancavam o coração com a pessoa viva para atender aos desejos e caprichos dos "deuses".

Os deuses de muitos povos na realidade nada tinham em comum com a NATUREZA POSITIVA do universo e sim com a negativa.



Os deuses gregos tinham muito em comum com muitos deuses da religião Aztecas. Os sanguinários deuses dos aztecas pareciam um tanto com Jehová quando este ordenava e dirigia as guerras das tribos hebraicas com os povos que iam encontrando na caminhada pelo deserto, quando entraram numa aldeia Maobita e exterminaram cerca de 2.000 pessoas, especialmente velhos e crianças; quando entraram em Jericó e exterminaram até os animais domésticos. Muitos dizem que os deuses daqueles povos antigos eram seres de outros sistemas planetários, mas na verdade foram seres desse mesmo plano e dos mundos inferiores.

Os seres dos mundos inferiores, dos planos infernais, têm condições de se manifestarem objetivamente neste nosso mundo terreno desde que disponha do quanto necessário de energia sutil. Para tanto os deuses exigiam sacrifícios e mais sacrifícios, incentivando guerras para se regalarem com bastante energia sutil. Na realidade a melhor oferenda para um daqueles deuses não podia ser diferente, precisava ser uma oferenda em que vidas fossem imoladas para que eles pudessem usufruir de energia sutil em abundância. Energia sutil era o presente que eles recebiam e que era para eles o melhor presente, algo que eles podiam fazer uso para poderem cumprir suas atividades neste plano.

Com certeza podemos dizer que um dos seres dos mundos inferiores quando se manifesta na terra se julgam deus, pois lugar de Deus e no céu e a terra, Malkut ( terra = inferno ) da nossa árvore corresponde a Kether, o céu, do mundo da inferior.

Pensemos numa escala musical constituída por duas oitavas. Partindo da nota dó da primeira oitava a vibração vem aumentando até atingir o si perfazendo um total de 7 notas. Depois do si a nota seguinte é novamente um dó comum às duas oitavas. Aquele dó é o ponto mais elevado da oitava inferior mas, ao mesmo tempo, é o mais baixo da oitava seguinte. Na oitava inferior aquele dó situado no ponto mais alto daquela oitava é o nível mais alto da oitava inferior porém o mais baixo da oitava seguinte.

Com o que foi dito fica fácil o entendimento de que evidentemente aquele dó central corresponde na “árvore da terra" ao seu nível mais baixo (terra=inferno) Malkut, mas igualmente corresponde na, " árvore " dos mundos inferiores, ao seu nível mais elevado, o céu.

Os seres dos planos inferiores, dependendo da disponibilidade de energia sutil, tanto podem influenciar, induzir, ou inspirar as pessoas da terra fazendo o jogo de interesse deles, induzindo pessoas à consciente ou inconscientemente a agirem de acordo com o que eles querem, ou é possível até mesmo assumirem e se apresentarem diretamente numa estrutura ponderável, num determinado tipo de corpo físico.

Temos, então, uma maneira de saber agora o porquê existe tantas seitas com manifestações de coisas altamente negativas. Basta que se tome ciência da natureza da maior parte das religiões existentes na terra. Há um grande número de seitas totalmente do lado negativo da natureza, com vários deuses, com entidades protetoras, que tudo deixam a desejar.

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