31 de julho de 2010

MATER PRIMORDIAL


“Deus criou então o homem à sua imagem, e criou-o à imagem de Deus”, E criou-o macho e fêmea.”(Gênese I, vers. 27)”.

Lendo a Bíblia, somos levados a pensar que o ser humano a princípio foi criado hermafrodita: macho e fêmea ao mesmo tempo, embora no versículo 7 do segundo capítulo da Gênese esteja indicado que o homem foi feito do lodo da terra e a mulher, no versículo 22, “da costela tirada de Adão”. Trata-se de um erro de tradução, deve se ler “a mulher foi feita de um dos lados do primeiro ser humano”.

Muito antes dos Hebreus, os povos mais antigos veneravam a Mater (Grande Mãe), em que viam a mãe da humanidade, e reproduziram-na muitas vezes bissexuadas, ou seja, hermafrodita.

A deusa Ishtar dos Assírios Babilônios, deusa das manhãs e das noites (Vênus Lúcifer e Vênus Vésper), era representada com uma barba, em Nínive, e a Astarté dos Fenícios também tinha uma barba, em Cartago.

No mais antigo livro do mundo, a História Fenícia, de Sanchoniathon, está escrito que “os Zophasemin ou Observadores do céu, feitos da substância primordial, eram andróginos no começo”, o que é discutido pelos Ufólogos.

Os seus sexos diferenciaram-se quando a luz e as trevas se separaram. O Adão da nossa Bíblia falsificada e mal traduzida é, na realidade, a Segunda Chance da espécie humana novamente criada.

Em Midrasch Schemot Rabba, cap. XX está escrito:

«Quando Deus criou Adão, este era homem - mulher.»
Segundo Jeremia Ben Eleaser, Deus criou o homem andrógino (macho e fêmea).

Moisés Maimónida, disse: «Adão e Eva foram criados juntos, unidos de costas; quando este for duplo foi separado, Deus agarrou na metade que foi Eva e entregou-a a outra metade.»

Manasseh Ben Israel escreveu que a forma de Adão era dupla, «macho à frente e fêmea atrás».

Cibele, a mãe dos deuses, era andrógina, como a Afrodite dos Gregos, que tinha «os atributos do macho para cima das ancas, e os da mulher, para baixo. »

Em Chipre e em Berlim podemos encontrar estátuas de Afrodite com barba. Está assim esclarecido que os povos antigos compreendiam o ser humano primordial como um andrógino e a Mater, adorada acima de todos os deuses, tinha simultaneamente um falo e uma vulva.

Algumas tradições, pouco consistentes de resto, como o romance da Bíblia, afirmam que Eva não foi à primeira mulher da criação.

O símbolo degenerado da serpente, apesar de tudo identificável ao seu papel de tentadora, acompanha a história da queda de Adão e Eva no paraíso terrestre.

Uma velha lenda talmúdica, não ortodoxa, segundo a Enciclopédia, dá duas mulheres a Adão: Eva e Lilith.


O Dicionário de Bayle diz que Eva, mal foi criada, perdeu logo a virgindade e a Serpente se aproveitou disso para tentá-la, num momento em que Adão adormecera para repousar das fadigas conjugais.

Outros exegetas são de opinião que Adão, depois do pecado, foi excomungado durante cento e cinqüenta anos, tempo que passou com uma mulher feita como ele de lodo, chamada Lília ou Lilith.

Outra lenda conta que Eva, depois de ter sido tentada pela serpente, que era Satã, e com ele manter relações sexuais, deu à luz a duas crianças: Abel e Caim.

No Talmud, lê-se que o principal daimon fêmea era Lilith, representada com longos cabelos, muito bela e que excitava não só os homens como também as mulheres para jogos de amor e de volúpia. É a ela que o Iniciado em Magia Cerimonial se dirige na Conjuração dos Sete: “Não nos atormentes, Lilith, afasta te!”

Segundo o Sepher Ah Zoar, Lilith teria sido a verdadeira sedutora de Adão, enquanto Eva foi conquistada pelo belo Arcanjo da Escuridão, Samael. Dos amores mágicos de Lilith e de Adão teriam nascido os egrégores ou veladores de que falam os manuscritos do mar Morto (o Tantra do Ocidente).

Uma outra tradição faz de Lilith a criatura humana original anterior a Adão, a quem teria posto no mundo ou vira nascer e de quem fora a primeira mulher, o que sugere um mito de Mater.

Teriam ambos sido modelados em argila vermelha recém-criada, com um especial esmero, por Lilith (Os cabalistas deram o nome de Lilith a um pequeno astro escuro que foi muitas vezes observado pelos astrônomos Riccioli, Cassini, Alischer. Este astro seria o segundo satélite do nosso planeta e teria também o nome de Lilith, a Lua Negra).

Em astronomia a lua negra representa todos os desejos inferiores, os mais ocultos, mais nefastos que existem em nosso infraconsciente. Alguns astrólogos renomados consideram que na "casa" onde ela se encontra, pode haver uma exacerbação do que temos de pior em nossa sexualidade.

A Lua Negra tem sido definida como o afélio da órbita lunar, ou o ponto em que a órbita é mais longe da Terra. Ambos esses pontos, o afélio e o segundo ponto focal se encontram ao longo do grande eixo da elipse orbital, a linha das apsides. Vistos da terra, esses pontos estão na mesma direção e portanto ocupam o mesmo lugar no Zodíaco.

O segundo ponto focal se encontra numa distância de somente 36.000 km aproximadamente da Terra, e o afélio a aproximadamente 400.000 km. À parte isso, as duas definições podem ser vistas como equivalentes: como a órbita da Lua translada continuamente no espaço, a Lua Negra se move ao longo do zodíaco aproximadamente 40º por ano. Uma revolução completa leva 8 anos e 10 meses.


Em astrologia, a Lua Negra descreve que a mulher pode expressar o poder da Grande Deusa que reside em todos os seres do gênero feminino, capaz de gerar a vida. No trânsito, a Lua Negra indica alguns dos complexos de frustração e castração, freqüentemente na área do desejo, uma falta de poder da psique e uma espécie de inibição generalizada. Por outro lado, seu lugar no nosso mapa pode mostrar onde nos questionamos mais, onde questionamos nossa existência e nossas vidas, nossas crenças e nossas filosofias.

Ao mesmo tempo em que nos questiona, Lilith não indica passividade, pelo contrário, simboliza um firme propósito de estarmos abertos e confiantes, de deixar o Todo fluir através de nós, confiando inteiramente nas grandes leis que regem o universo e às quais não podemos nos subtrair.

Os ocultistas deram à Lua Negra o nome de Lilith. Este segundo satélite lunar é uma espécie de Oitava Esfera Submergida, um mundo terrivelmente maligno.

As vibrações sinistras da Lua Negra originam na Terra monstruosidades, abominações, crimes espantosos, sadismo, luxúria, homossexualismo em grande escala, abortos provocados, enfim, todas as formas de violência e problemas sexuais graves.


No entanto, Adão abandonou a, preferindo Eva, que havia sido feita da sua carne e do seu sangue «Preferiu se» a si mesmo, em suma!

Esta última tradição foi posta em poema pelo marquês de Belloy em 1855, com algumas variantes, pois faz nascer Lilith e Eva de uma costela de Adão. Também Platão, em sua obra “Banquete”, conta uma outra tradição muito antiga do homem criado andrógino.

Contam que por motivo de orgulho e luxúria, Lilith foi se queixar com Deus: “Fomos criados iguais e devemos estar em posições iguais”. Certa de que Deus não atenderia às suas reivindicações, foi embora do Paraíso, aliando-se com os Inimigos do Eterno. Perdida no mundo, ela terminou se transformando num demônio perverso que assola e vampiriza a todos os seres humanos que tentam viver o Amor.

A partir dessa narração alegórica e ao mesmo tempo ocultista, Lilith foi chamada de a mãe dos demônios e de todas as perversidades sexuais, além de ser traidora, por se aliar aos Anjos Caídos.

Na Bíblia, aparece uma fugaz alusão a Lilith. Em Isaías (34:14) explica-se com detalhe como Deus, com sua espada, mata a todos os habitantes de Edom e que ali ficam como senhores animais como abutres, serpentes e Lilith.

Segundo Josefo, no tempo da criação, a Serpente tinha o dom da palavra, e mesmo amaldiçoada guardou o segredo da regeneração com sua troca de pele. Segundo Paracelso conserva ainda atualmente, por especial privilégio de Deus, o conhecimento dos maiores mistérios.

Eva ou Héva, no poema do Senhor de Belloy, é a feiticeira que encanta, mal nasce. Por essa razão é que Adão abandonou o amor de Lilith e se dedicou a Héva, a Sensual.


Na Filosofia Gnóstica, o Inferno da Terra é regido por dois demônios, Lilith e Nahemah. Lilith dirige as outras 7 Esferas infernais, onde reina a sexualidade mais depravada, onde se encontram todas as fantasias sexuais mais horrendas que se possa imaginar.

Lilith, Adão e Eva referem-se ao período compreendido pelos teosofistas como a Terceira Raça-Raiz, a Lemúria. Foi em meados dessa Raça que os titãs lemurianos degeneraram espiritualmente. Lilith, como personagem lemuriano, foi um grande Mestre da Luz que caiu na degeneração sexual, desobedecendo aos desideratos da Grande Fraternidade Branca.

Além de Lilith, outros exemplos de Mestres que involuíram nos Mundos Infernos, que se transformaram em Hanasmussen (magos negros) de último grau: Andramelek, Moloch, Nahemah, etc.

O enigma da primeira mulher da criação, e de um Adão hermafrodita, que “prefere a si próprio” ao escolher uma Eva feita da sua carne e do seu sangue, sugere uma interessante tese sobre a anterioridade da criação humana. Trata se, de fato, do verdadeiro problema da Mater.

Estas tradições, lendas e superstições, referindo se a Lilith como a primeira criatura terrestre, rival de Eva, demônio, Lua Negra ou astro sombrio, provam que desde a mais alta Antigüidade, os nossos antepassados pensaram que o ser humano primordial podia ser uma mulher: a Mater.

Esta hipótese, que se junta à dos biólogos do princípio do século, daria, portanto uma anterioridade de existência à mulher.É o que tenderia a fazer pensar, em favor do homem, a atrofia do canal de Muller, que tinha um papel essencial num tipo humano mais antigo.

Neste sentido, este primeiro tipo humano possuidor, quer do canal de Muller, quer do de Wolf (trompas, útero, vagina, canal urinário), era uma mulher. Seja como for, essa criatura humana número um era a Mater, mãe e pai dos nossos mais longínquos antepassados, «Mãe das Mães», como diziam os Egípcios, o que explicaria o culto universal que lhe foi consagrado.

O que, do mesmo modo, daria um sentido profundo às crenças antigas, às divindades andróginas da Grécia e da Assiro-Babilônia, e a essa Lilith maravilhosa e a perversa que nos legou a sua inteligência, a sua astúcia e a sua curiosidade demoníaca.
(Texto de Flavio Lins)

A MAGIA DE PAPUS


Disse Papus: “Olhais, mas não vedes; experimentais passivamente sensações, mas não tendes o costume de analisá-las, de procurar as relações das coisas... Todos os fenômenos físicos que ferem nossos sentidos, não são mais do que reflexos das vestes de princípios mais elevados: as idéias...”

“Uma carruagem, um cavalo, um cocheiro, eis toda a filosofia, eis toda a magia. ... Se o ser inteligente, o cocheiro, quisesse pôr em movimento seu fiacre sem o cavalo, o carro não andaria... [Entretanto] muitos supõem que magia é a arte de fazer mover fiacres sem cavalos ou, traduzindo em linguagem um pouco mais elevada, de agir sobre a matéria pela vontade e sem intermediários de espécie alguma. ... Observastes que o cavalo é mais forte que o cocheiro e que, por meio das rédeas, o cocheiro domina a força bruta do animal que ele conduz? O cocheiro representa a inteligência e, sobretudo, a VONTADE, o que governa todo o sistema ... A carruagem representa a matéria, o que é inerte ... O cavalo representa a força.”

“Obedecendo ao cocheiro e atuando sobre a carruagem, o cavalo move todo o sistema. [O Cavalo] é o princípio motor ... elo intermediário entre a carruagem e o cocheiro, elo que prende o que suporta (matéria) ao que governa (pensamento, inteligência). [Em outras palavras] ... O cocheiro é a VONTADE HUMANA, o cavalo é a VIDA (FORÇA VITAL) ... sem a qual o cocheiro não pode agir sobre a carruagem...“

“... o dever do cocheiro é [manter o pulso firme nas rédeas], e pouco a pouco, o cavalo, dominado por essa energia, torna-se calmo. O mesmo acontece com o ente humano: seu cocheiro — a vontade, deve agir energicamente sobre a cólera, as rédeas que prendem a força vital à VONTADE devem ser mantidas em tensão [sob controle] ...“

“Sendo prática, a magia é uma ciência de aplicação. Mas, o quê o operador vai aplicar? SUA VONTADE ... o princípio diretor, o cocheiro do sistema. “

“Perguntamos ainda: em quê, em qual objeto será aplicada esta VONTADE? Na MATÉRIA? Nunca! Seria como um cocheiro agitando-se na boléia da carruagem enquanto o cavalo ainda está na estrebaria! Um cocheiro AGE SOBRE um cavalo, não sobre a carruagem...

Um dos grandes méritos da ciência oculta é justamente ter fixado este ponto: que o espírito não pode agir sobre a matéria diretamente; o espírito age sobre um agente intermediário, o qual, por sua vez, reage (repercute) sobre a matéria. O operador deverá, pois, aplicar sua VONTADE não diretamente na matéria, porém naquilo que modifica a matéria incessantemente, [seu mediador plástico] que, a ciência oculta chama Plano Astral ou PLANO DE FORMAÇÃO DO MUNDO MATERIAL.“

“Antes de comandar as forças em ação em um grão de trigo, aprendei a comandar aquelas que agem em vós mesmos e lembrai-vos que antes de ocupardes uma cadeira de Mestre na Sorbonne, é preciso passar pelo Liceu e pela Faculdade. p 21”

Magia é... A aplicação da VONTADE às forças HIPERFÍSICAS (ou metafísicas) da natureza. Estas forças hiperfísicas diferem das FORÇAS FÍSICAS no que se refere à sua essência energética: as forças físicas são puramente mecânicas enquanto, as hiperfísicas são psico-orgânicas. Nas palavras de Papus, “as forças hiperfísicas... são produzidas por seres vivos em vez de o serem por máquinas" (PAPUS, p 22, 23).

São exemplos de forças físicas: calor, luz, eletricidade. São forças que tocam os sentidos físicos e se relacionam às percepções comuns dos olhos, ouvidos, tato, olfato e paladar. Já a força hiperfísica manifesta-se especialmente por meio do PENSAMENTO-VONTADE capaz de controlar a vitalidade ou fluxo de energia vital.

"Reichenbach provou, desde 1854, que os seres animados e certos corpos magnéticos desprendiam, na obscuridade, eflúvios visíveis para os sensitivos. Estes eflúvios constituíam para Reichenbach a manifestação de uma força desconhecida que ele chamou OD. ...Há, na Índia, seres humanos adestrados ...no manejo destas forças hiperfísicas ...” (Idem, p 23). Papus descreve a experiência de um faquir capaz de promover o desenvolvimento de uma semente em planta adulta em poucas horas usando tão somente seus eflúvios vitais.

"A vontade do faquir pôs em jogo uma força que anima em algumas horas uma planta, que só um ano de cultura poderia conduzir ao mesmo resultado. Ora, esta força não tem dez nomes para um homem de bom senso; ela chama-se simplesmente VIDA... A vontade do faquir atuou sobre a Vida adormecida no vegetal e não só pôs esta força vital em movimento como também lhe forneceu elementos de ação MAIS ATIVOS que aqueles que habitualmente a natureza fornece. O faquir nada fez de sobrenatural. Ele apenas precipitou um fenômeno natural: fez uma experiência mágica, mas nada produziu de contrário às leis da Natureza. Mas que meios utiliza o faquir para ativar uma força latente na planta? A ciência oculta ensina que o faquir utilizou sua própria FORÇA VITAL. Isso demonstra que a vida pode "SAIR" DO SER HUMANO E AGIR À DISTÂNCIA." (PAPUS, p 23, 24) .

Pelo exposto podemos dizer que magia é "a ação consciente da vontade sobre a vida" ...Para distinguir as forças de que se ocupa a Magia das forças físicas chamaremos as forças mágicas de forças vivas. A Magia é a aplicação da VONTADE HUMANA, dinamizada (concentrada e direcionada) à evolução rápida das forças vivas da Natureza, direcionada para a produção de fenômenos coerentes com as leis da natureza." (p. 26)

-Continua-

(Trechos do TRATADO ELEMENTAR DE MAGIA PRÁTICA- Gerard Anaclet Vincent Encausse - Papus)

A PALAVRA ABRACADABRA


Existem fatos intrigantes sobre a palavra Abracadabra. Qual é o seu verdadeiro significado?

Alguns místicos do passado mencionaram esta palavra como parte integrante de uma Doutrina Secreta que vem se perpetuando no tempo, através do trabalho incansável das Ordens Iniciáticas, tanto no Oriente como no Ocidente.

Jean Riviere em sua obra “Amuletos, Talismãs e Pantáculos”, nos diz que a palavra ABRACADABRA vem do hebraico Abreq ad Abra (UBPU IÇ NBPÇ). Traduzidas do hebraico estas palavras são:

N BPÇ = estrela Sírius
I Ç = caudal das águas celestiais
B PU = pronúncia/som/verbo/luz

O sentido desta frase em hebraico respeitando a ordem é provavelmente "Senhor de Sírius, envia teu Verbo".

Alice Bailey , em diversas de suas obras faz interessantes revelações a respeito de Sírius.

Esta palavra é nitidamente uma antiga invocação.

Que as informações aqui já são suficientes para empreendermos as nossas próprias investigações. Para ajudar, envio abaixo dois arquivos com figuras de textos escaneados de Dicionários Hebraicos que me serviram para realizar a tradução que apresento.

A palavra ABRACADABRA foi escrita incorretamente em vários textos antigos que ao transliterarem a palavra para o hebraico, utilizaram um KAPH final ao invés de um QOPH final.

KAPH é K, e QOPH é Q.

A palavra ABREK, transliterada e traduzida do hebraico, significa estudante, enquanto que a palavra ABREQ significa Sírius.

A primeira lista (à esquerda) refere-se à consulta feita no Dicionário de Hebraico-Português de Rifka Berezin - Edusp-1995 – São Paulo/SP e a segunda coluna (à direita) refere-se à Pesquisa feita no Dicionário Hebraico-Português e Aramaico-Português, das Editoras Sinodal/Vozes-1989.

Obs: A pesquisa foi feita em dois dicionários porque nem todos trazem todas as palavras existentes no hebraico. A palavra "Sírius", por exemplo, só foi encontrada no Dicionário da Dra. Rifka Berezin, que é catedrática de Hebraico na Universidade de São Paulo.



Também, entre o primeiro século da Era Cristã, época provável da origem do Quadrado Sator, e 2 de julho de 1859, data da primeira publicação de um quadrado de palavras da língua inglesa, na revista acadêmica britânica "Notes and Queries" (Notas e Indagações), foram criadas três importantes formas geométricas compostas de palavras, aparentemente sem nenhuma relação com o Quadrado Sator.


A primeira delas foi o amuleto "abracadabra", que assim como o Quadrado Sator, têm uma origem misteriosa e foram utilizados com fins mágicos.

Muitos estudiosos acreditam ser uma palavra derivada de "Abraxas", termo usado por integrantes de uma seita gnóstica do século II para designar o Ser Supremo ("abraxas" também poderia ser um deus dos antigos egípcios ou um demônio que apresenta serpentes no lugar dos pés).


Escrita em grego, "abraxas" contém sete letras que, computadas numericamente, somam 365, o número de dias do ano e, segundo aqueles crentes, também o número de emanações do Ser Divino, cada uma delas representando uma virtude associada a um dia do ano. Por isso, era comum entre eles o uso de um amuleto no qual estava gravado o número 365.

Outra versão poderia ser de um acrônimo formado por palavras hebraicas relativas à Trindade: Ab (Pai), Ben (Filho) e Ruach Acadsch (Espírito Santo). Essas duas primeiras versões são as mais conceituadas.

Ou, então, a união das palavras hebraicas abreg, ad e habra, que significa "fulmine com seu raio".


Ou, ainda, a versão de uma designação formada pelas palavras celtas "Abra" ou "Abar", que significa "Deus" em celta, e "Cad", que significa "santo". O resultado: Santo Deus.

Ou o nome do deus supremo dos assírios no século II.

Outro significado atribuído a "abracadabra" é "eu criarei aquilo de que falo", que faz lembrar o poder atribuído tradicionalmente pela magia à fala humana. Já a tradição Wicca, modismo atual entre os jovens norte-americanos, prefere a tradução "não me fira", que remete à função protetora do amuleto.

Apesar das divergências quanto à origem e ao sentido da palavra "abracadabra", existe uma certeza: a primeira ocorrência registrada do termo encontra-se na obra Res Reconditae (Coisa Secreta), de Quintus Serenus Sammonicus, médico do imperador romano Sétimo Severo. Quintus faleceu em 212.

Também há consenso quanto ao uso do objeto. Os mais freqüentes referem-se à proteção contra doenças e à cura de febres. No período medieval, usado como amuleto(talismã com funções defensivas, ao qual se atribui o poder de evitar doenças e desgraças), além de afastar o azar e os demônios. É certo que a palavra se incorporou à tradição mística da Cabala judaica.

A esse respeito, o número 9 tinha uma função mágica essencial: em hebraico, "abracadabra" é escrita com 9 letras; a letra aleph aparece 9 nove vezes no lado esquerdo do triângulo; e, freqüentemente, o amuleto era usado por 9 dias ao pescoço e depois jogado num rio.

A palavra "talismã" vem do grego telesma, que significa "mistério". Um talismã pode ser constituído de um pedaço de papel escrito, uma pedra ou metal com palavras ou símbolos gravados, ou mesmo uma forma geométrica ou figura feita de pedra ou metal.

Seu poder adviria da capacidade de estabelecer contato com forças ou influências sobrenaturais, usando-as em benefício do possuidor na satisfação de desejos e aspirações.

São três as formas geométricas conhecidas de disposição das letras da palavra "abracadabra", todas com objetivos mágicos.

A primeira, mostrada acima, forma um triângulo invertido, com a ponta para baixo, indicando a concentração de forças celestes ou sobrenaturais na direção da Terra.

A segunda, forma um triângulo retângulo pela eliminação da última letra de cada linha, até que sobre apenas uma delas, sugerindo, segundo princípios da magia imitativa, que também o problema se extinguirá progressivamente:


Essa forma é transcrita no terceiro volume da famosa obra "Da Filosofia Oculta", de autoria do mago Henrich Cornelius Agrippa (1486-1535) e publicada em 1510. A terceira disposição assume a forma de um losango ¾ mostrada abaixo, ao lado da forma triangular.

Esta última (a triangular) possuía um caráter tridimensional, assemelhando-se a um funil: os poderes do mal seriam capturados por ele e, num movimento de redemoinho, desceriam até a ponta, onde se perderiam num abismo sem fundo:


Eliphas Levi (1810-1875), considerado o maior ocultista do século XIX, referia-se ao "abracadabra" como "o triângulo mágico".

O romancista brasileiro Joaquim Manuel de Macedo, autor de "A Moreninha", mencionou o amuleto numa cena do conto "A Luneta Mágica". Nela, é descrito o aposento de um misterioso armênio que prometera ao protagonista Simplício, míope em alto grau, uma luneta mágica para livrá-lo desse problema:

"Sobre o altar maldito descansavam os instrumentos da magia e, entre outros, a vara mágica, a espada, a taça e a lâmpada; a um lado, no chão, estava a trípode. Globos, triângulos, a figura do diabo, a estrela de seis raios, o abracadabra, as combinações do triângulo, e uma infinidade de símbolos enchiam a mesa e o gabinete".

Para os jogos de palavras, a importância do amuleto "abracadabra" reside na engenhosidade da distribuição das letras: a forma triangular permite que a palavra "abracadabra" seja lida até de 1024 maneiras diferentes; na forma em diamante, são contadas 252 ocorrências de "abracadabra".

Modernamente, a palavra "abracadabra", já dissociada de sua representação geométrica, é usada principalmente por mágicos durante números de palco, quando fingem evocar poderes sobrenaturais supostamente responsáveis pelo efeito da ilusão.

Também aparece no sentido figurado, assumindo conotação negativa, quando se quer designar uma solução pretensamente mágica, mas superficial e ilusória. Talvez um fim um tanto inglório para aquela que foi a mais famosa de todas as palavras da magia.

17 de julho de 2010

O TAROT DE THOTH VI

A MORTE:
"Pois Tu és Ele! Sim, Tu engolirás Asi e Asar, e os filhos de Ptah. Tu derramarás uma enxurrada de veneno para destruir os trabalhos do Magista. Somente o Destruidor Te devorará; Tu enegrecerás a garganta dele, onde seu espírito habita. Ah, serpente Apep, mas Eu Te amo!" (Liber Cordis Cinciti Serpente).


É a necessidade de renovação, realizá-la é entrar por um mundo desconhecido mas se libertar daquilo que sufoca, é como a serpente que muda constantemente sua pele.

Representa o aspecto de Saturno (primaveril de Pã), moldagem das formas. Morrer é voar, é libertação (das formas escravizadoras e dos limites impostos pela matéria).

Escorpião é a água, elemento rastejante, a águia alça vôo ( a Grande Alquimia) um estágio de consciência da morte intrena. A Morte não é o início da imortalidade mas a continuação e a transformação da Vida. O Escorpião é aquele que levanta o espírito do mais fundo lamaçal - crescimento.

Interpretações - transformação consciente, necessidade de renovação, fim de uma etapa.
Caminho da Árvore da Vida - De Tiphareth a Netzach
Letra Hebraica - Num - peixe
Valor - 50 (700)
Tattwa - Água & Fogo
Nome Místico - Filho das Grandes Transformações, Senhor dos Portais da Morte.
Signo - Escorpião.
Planeta - Plutão

Símbolos Principais:
A águia - A essência.
O peixe - o caminho da flecha, o Velho Éon
O esqueleto & a foice - Cronos, Saturno, o tempo, as mudanças que transcendem o próprio tempo.
A Coroa de Osíris - O condutor do submundo
A flor - Aspecto de putrefação
As bolas - a consciência
A serpente - O caminho do verdadeiro Iniciado


A ARTE:
É a tradicional Temperança, isto é, a mistura Alquímica dos opostos (sol e lua, leão e águia, macho e fêmea, vermelho e azul, consciente e inconsciente) e juntos criam um terceiro. Ser artista ou criativo é dissolver as antigas formas e fazer com que Sagitarius surja como um arco-íris na mente, coração, corpo e espírito. A Arte é estar recriando através de "recriar - ação". O número XIV é a fusão, que é colocar as coisas juntas, fundir.


A Art (em inglês) é adaptação, realização e ternário ou teoria ou trabalho. É novamente o princípio ativo espalhando, reunindo e fecundando. É o princípio passivo reunido e fecundado espalhando.

O Sagitarius é o arqueiro que atira a sua flecha e a direciona à alguma coisa: o Comunicador. Seu Planeta é Júpiter, que está relacionado com o crescimento e o progresso.

Interpretações - combinação de forças, união perfeita, realização, ação baseada em cálculos corretos após elaboradas manobras.
Caminho da Árvore da Vida - De Yesod a Tiphareth
Letra Hebraica - Samekh - Seta
Valor - 60
Tattwa - Fogo e Ar
Nome Místico - Filha dos Reconciliadores, Portadora da Vida
Sígno - Sagitário

Símbolos Principais:
O Caldeirão - Pedra Filosofal; O Athanor, o que serve paar separar o sutil do espesso e o fixo do volátil; A Grande Obra, a Criação e a Emancipação; A formação do Elixir que dá o vigor e a seiva da Juventude, que é o Vinho Malsavia - Azoth (Início e Fim).
O Leão - O Homem Thelemico
A Águia - A Mulher Thelemica
O Crânio - O Mundo dos Sonhos.
O Corvo - A Iniciação pela Negrura
O Corvo sobre o Crânio - A pureza da Obra
O Leão & o Escorpião - Leão Vermelho - A Pedra Filosofal; A Tábua das Esmeraldas.
A Deusa Diana - Sagitarius, a Deusa Lunar; Ártemis, a mãe da fertilidade, a fazedora de todas as coisas; A Grande Obra.
As Abelhas - A Grande União
A Flecha - O Caminho
Os Seis Seios - O plano Yetzirático
As Duas Luas - Os ciclos menstruais.
Enxofre - Águia
Fogo - Sêmen
Mercúrio - andrógino alado ( o Magus) -
Ar - Sangue
Sal - Dragão - Terra - O produto final alcalino.
Metais em ebulição - Leões de diversas cores.

O DIABO:
"Era meia-noite e o Diabo chegou e sentou ao centro da mesa, porém o meu Príncipe das Fadas suspirou: ' Acalme-se! Ele tem um grande segredo e seu nome é Yeheswah e ele é o Salvador do Mundo'. E foi engraçado, pois a garota próxima a mim achou que fosse Jesus Cristo, até que o outro Príncipe das Fadas (o irmão do meu) suspirou como se a tivesse beijado: ' Acalme-se! Não diga a ninguém que é Satan e ele é o Salvador do Mundo". (The Wake World - Aleister Crowley).


O Diabo é como PAN, metade humano e metade caprino, é a grande figura de Baphomet. Ele atravessa os anéis de Saturno que representam a moralidade tradicional e convencional e acaba com a existência do estado alterado de consciência; em seu estado de ser original e primal na busca do que é criativo, transforma bruscamente tudo que é " normal".

A figura do Diabo revoga as leis, é o grande Opositor (a Besta 666), proclama novas " brincadeiras" , celebra a vida, DANÇA E SE REGOZIJA POR ESTAR VIVO. Ele é o XV, é vitalidade que segue a Nova Ordem da Arte. É a Inteligência do Sol (666) seis vezes, resultando no seu Espírito.

Interpretações - confusão, libido, impulso cego, ambição, tentação, rigidez, tudo que foge ao controle da vontade.
Caminho da Árvore da Vida - De Tiphareth a Hod
Letra Hebraica - Ayin - olho
Valor - 70
Tattwa - Terra e Éter
Nome Místico - Senhor dos Portais da Matéria, Filha das Forças do Tempo.
Sígno - Capricórnio

Símbolos Principais:
Os cornos - Conhecimento e poder
Os cachos de uva - o Deus Baco
O caduceu - Autoridade; Kundalini
Os anéis - Os anéisde Nuit; os anéis de Saturno
O terceiro olho - Aspecto de Destruição
Capricórnio - A persistência e ambição
A cor marrom - Representa a terra

(Continua)

RODA ASTROTAROLÓGICA-CABALÌSTICA IV

“A temperança”, carta representativa da persistência com seu nome científico “INGENIUM SOLARE” a influência do sol compreendida e personificada pelo espírito angelical deste.

A letra hebréia Noum concentra hieroglificamente o número 50 sendo seu significado o “Fruto” o ser produzido e refletido, geração do filho na existência individual e material. Quando usada como última letra, tem o sentido aumentativo, e o valor numérico nele traçado passa a ser 700.


O caminho da sabedoria na árvore cabalística é 24 (dez de esferas) mais 14 no valor numérico da ordem alfabética da letra, sendo este caminho da inteligência imaginativa, tendo como característica a semelhança entre os seres, é importante lembrar-se que este valor numérico é a seqüencial por ordem numérica no alfabeto hebreu. Já que matematicamente o peso é de 50 no plano da encarnação.

O Caminho situa-se entre as esferas 6 esfera da majestade e da beleza (TIPHAREH) a esfera 7 (NETZACH) a vitória, seu trânsito tem a coloração verde esmeralda. O governante planetário deste arcano está abaixo do signo de Escorpião cuja fonte energética necessita do direcionamento positivo sobre tudo no aspecto sexual. A letra Noum corresponde astrologicamente ao signo de Escorpião sendo regente planetário Marte e Plutão.

Na quadriplicidade deste arcano maior se encontram os seguintes arcanos menores Rainha de copas e 2-5-8 de copas que correspondem respectivamente os arcanos números 70/73/76. Estas dimensões vivas criarão o trabalho, a mão esquerda e a ordem.

Sua coloração juntamente ao nome divino produz vibrações e servem como ponte ligando as atividades do sistema nervoso central e glandular ao sistema nervoso simpático.

Arcano Maior “O Diabo”, tem o nome científico”TYPHON” em sua manifestação evolutiva da maior e mais grotesca de todas as criaturas vivas.


A letra SAMEKH escreve o verbo determinado por Ele e simboliza o movimento circular, a circunferência, a renovação cíclica, o universo. A serpente dobrada sobre si mesma e enrolando a cauda, símbolo da fatalidade, do sionismo, do turbilhão de “TEMOHPAB” o sacerdote do templo da paz para os homens (Expressão usada pelos templários relacionada a compreensão do bem e do mal), e para aquele que conscientizado aprende a desprezar os obstáculos que encontram-se no caminho da perfeição, desprendendo-se do caráter ilusório do mundo material.

A corrente astral comumente chamada de Egrégora de escalas diferenciadas e de pólos opostos. De um lado a sutileza dos rosacruzes, irmandade iluminada, e do outro, o lado denso da mentira, do satanismo ou do falso espírito.

O valor numérico da letra SAMEKH é 60, seu significado hieroglífico a “flecha” determina a arma com a qual inevitavelmente nos encontramos em seu vôo ao longo da circunferência do círculo evolutivo. Queda que podia ser freada ou direcionada.

Este arcano corresponde astrologicamente a Sagitário (O Arqueiro), signo ígneo, cujo regente planetário é Marte e Júpiter .

Dentro da quadriplicidade deste Arcano Maior encontram-se os seguintes Arcanos Menores: N°25 Cavalheiro de Fogo (ou Paus) mais os seguintes Arcanos Menores 3 – 6 – 9 de paus, estando baixo a ordem numérica de Arcanas N° 29/32/ 35, respectivamente.

Estes Arcanos são números vivos da criação e dominam o Sono, o Estômago e o Ser Universal. O caminho na Árvore é o N°25 (dez de esfera mais quinze na ordem numerologia alfabética).

Por se encontrar no centro energético do plexo solar e do chacra sacro, esta região do abdômen influencia o diafragma e o coração formando uma aliança com o aparelho genético urinário. Este caminho é o caminho da provação,sendo esta a primeira tentação com que Deus visita os santos.

Observem que o destino da formação do ser universal começa com a procriação e está intimamente ligado por um lado ao coração e por outro ao aparelho genito-urinário, tudo isto no terreno corpóreo. Quando no astral, a força da kundaline atinge o coração, nosso diafragma se contrai e expande vertiginosamente na aliança com o sagrado.

Tudo isto está representado na carta e seus significados vão desde o destino do ser e da evolução humana, ate a fatalidade de não consegui-lo.

Numa mente de sonhos ilimitados temos a limitação de nossos atos, com uma mãe abençoada pela ação jupteriana da responsabilidade e da fé, que recebe uma explosão de vida onde a coragem está permanentemente em apressado conflito com o objetivo de acertar sua fecundação. O destino fixará a alma, à personalidade do mais forte, se manifestará nos umbrais do despertar e dos limites do livre arbítrio nascerá um santo ou um demônio.

Este caminho tem uma coloração azul no mundo material de Assiah e encontra-se situado entre a esfera de Thiphareh (esfera 6 ) e Yesod (esfera 9), a esfera da fecundação.

Sagitário 22/11 a 21/12 Significado do Arcanos Maiores
Certeiro – Apressado (15) O Destino / A Fatalidade
Inseguro – Explosivo
Marte Significado dos Arcanos Menores
Coragem – Conflitos (29) – 3 paus - Sono / Limites
Júpiter (32) – 6 paus - Estômago / Vitalidade
Responsabilidade – Fé (35) – 9 paus / Ser Universal / Mãe
Cavalheiro de Paus (25)
Boas / Más notícias


Carta representativa da matéria “ A Torre” é o nome deste segmento representativo do décimo sexto Arcano Maior coroado pela letra, (AYIM ). Esta carta representativa da “Destruição” que indica a idéia da matéria , as relações físicas, o confuso, o curvo, o falso, o perverso.


Símbolo da queda que o destino nos fixara. O nascimento do ser desarmônico, cujo valor numérico é 70, seu nome científico é “Turris Destructa” a torre destruída, aquele que produz complicadas transformações, que em mãos do destino, gera através dos fatos a preservação ou destruição das formas.

A casa do Deus não reconhece posições sociais e conduz a destruição divina da forma temporária, verdadeira queda do reflexo da morte no qual se encarna a matéria do mundo visível. O caminho cabalístico é número 26, dez de esfera, mais dezesseis do valor numérico da letra em ordem criativa.

Situa-se entre a esfera 6 (TIPHAREH) a beleza e a esfera 8 esfera da divina glória de HOD, caminho este onde hospeda-se a inteligência, pela qual Deus renova a criação do mundo.

A letra hebraica AYIM corresponde astrologicamente ao signo de Capricórnio sendo seu regente planetário Saturno (o planeta do sacrifício e do esforço) onde consolida-se com teimosia e firmeza em uma solitária busca, com seu esforço vem a pagar antigas dívidas cármicas, produto da queda e da destruição da aliança. Agora o ser reclamará a eternidade.

Na quadriplicidade deste Arcano Maior se encontram os seguintes Arcanos menores de terra: O Cavaleiro de Ouros ou terra, e os arcanos menores 3-6-9 de ouros que correspondem respectivamente aos Arcanos N° 43/46/49. Estes Arcanos representam, nas dimensões vivas da criação, a Raiva, o Fígado e o Equilíbrio.

O caminho da cura, quando devidamente entoado o nome divino e mentalizada a cor púrpura, o centro energético produz vibrações reconstrutivas, no fígado e vesícula.

Capricórnio 22/12 a 20/1 - Terra Significados do Arcano Maior
Firmeza – Teimosia
(16) A Destruição / A Guerra
Solidão – Reclamação
Saturno Esforço Significados do Arcano Menor
Dividas no pagas -Sacrifício
(43) 3 ouros – Raiva / Desperdício
(46) 6 ouros – Fígado - Vesícula / Administrar
(49) 9 ouros – Equilíbrio / Gastos/ avós
Cavalheiro de Ouros (39)
Trabalho / Raiva , desperdício
Acumulo / Filantropia
Equilíbrio / Cuidado Calote
Ganhos

Este décimo sétimo Arcano Maior do tarô é a carta representativa da “Esperança“, da oposição a destruição e é chamada comumente de “A Estrela”, sendo seu nome cientifico “STELLA MAGORUM” (estrela maior).

Como podemos observar na seqüência arcanica, depois de nascido o ser desarmônico na esperança de sua força renovadora, busca ser imortal. Isto significa que nos planos do homem, do arquétipo e do verbo em ação na natureza , será através da palavra e dos atos que sofrerá as conseqüências. A estrela guia nossos passos, a salvação nos guarda.


A letra hebraica PHE hieróglifo primitivo indica “a palavra” e tudo o que se relaciona com ela. Quando criada por Ele, esta letra impulsionou o domínio, e quando combinada e coroada formou com ela: Mercúrio, o Quinto dia no mundo, o Ouvido esquerdo do ser humano.

A regência de Mercúrio tem como característica principal a comunicação e seus impulsos para expressar as idéias através da fala. Impulsiona a necessidade de aprender e ensinar, e de entrar em contato usando a mente consciente ou inconsciente, usando a boca.

O valor da letra no plano da encarnação tem valor numérico 80. O caminho 27 na árvore da vida, encontra-se entre as esferas glória (HOD) e da vitória (NEYZACH) sendo sua coloração vermelho fogo.

Este caminho situa-se no corpo humano no intestino delgado e no sistema linfático, quando devidamente entoado e visualizado o nome sagrado das esferas, produz a cura, nesta parte do corpo.Com este arcano se completa o ciclo da evolução, a decida do espírito na matéria.

Os antigos rabinos e os cabalistas, quando ensinavam a ordem, a harmonia e as influencias de Deus sobre o mundo, determinavam que esta letra é ligada ao redentor e salvador.

Como podemos observar na sequência arcanica, depois de nascido o ser desarmônico, na esperança de sua força renovadora, vai na esperança em busca do ser imortal.
O caminho vigésimo sétimo é chamado “Inteligência que Agita” e neste caminho é criado o espírito de toda criatura.
(Continua)

SIMBOLOS DO TETRAGAMMATON



O pentagrama, como todos sabem, assume as mais diferentes interpretações, dependendo do contexto onde é utilizado. Nesse caso, o pentagrama é a base do tetragammaton.

Podemos interpretá-lo como símbolo do homem realizado. Mais ou menos como uma representação da entidade humana evoluída em todos os aspectos espirituais.

O tetragrama vem do grego (tetra = quatro / gramma = letra) e é um símbolo formado por letras e representações gráficas, utilizado como amuleto. Nele contém combinações do alfabeto hebraico, grego e latino. O Tetragramma pode ser constituído de quatro letras ou sinais gráficos.

Como grande parte dos símbolos ocultistas, o tetragramma vem do hebraico, logo, tem raízes cabalísticas. Como os judeus acham o nome de Deus sagrado e impronunciável, eles decidiram escrever algo que o representasse. Dai surgiram os primeiros resquícios do tetragramma.

No ocultismo o tetragramaton é utilizado em rituais de invocação e como talismã. É um conjunto de quatro letras que denominam um nome através das iniciais.

Um exemplo de tetragrama conhecido por todos é aquele escrito nas figuras que mostram Jesus crucificado, na cruz estão as letras "YHVH", um tetragramma.



Em algumas versões da cruz de malta, utilizada pelos celtas, há tetragrammas escritos e desenhados em torno dela e do circulo que a contorna.

Da junção da teoria do tetragramma auxiliada à árvore da vida (as 10 sephiroth) foram tirados os 72 nomes de Deus, todos compostos por 4 letras (tetragrammas). Daí surgiu as 72 letras Cabalísticas, que no inicio eram apenas 22, mas esse é um outro assunto.

Não só na Cabala são utilizados os tetragrammas. Podemos encontrá-lo no Tupã (deus dos indígenas tupiniquins), Yang (do chinês, significa o Deus do bem), assim como em outros segmentos.



Todos os tetragramas têm uma função e representam o nome de Deus nos mais variados segmentos, como veremos no decorrer dos textos.


O pentagrama representa o homem auto-realizado. No ângulo superior encontramos os olhos do Pai, o espírito, o poder que dirige e ordena a todas as demais partes; nos braços, Marte é a força, nos pés, Saturno, onde se apoiam os mestres que graças a morte do ego, graças a morte dos defeitos psicológicos obtêm a perfeição, a mestria, por isso se conhece Saturno como o símbolo de magia ( magia = significa magistério, aquele que se conhece a si mesmo).

Podemos observar que a figura a medida que ascende se estreita mais, significa que faz mais difícil e mais íngreme o caminho a medida que vamos nos aproximando de Deus.


(Os sete planetas principais da alquimia: Lua - Mercúrio - Vênus - Sol - Marte - Júpiter - Saturno)

MARTE:o símbolo astrológico e zodiacal do planeta Marte, representando a Força, ou a Energia pura da criação.

SATURNO:representação astrológica e zodiacal do planeta Saturno. é um dos principais símbolos usados na Magia, representando os mestres que anularam o próprio ego e as falhas inerentes ao ser humano, atingindo assim, a perfeição.

SOL E LUA: Posicionados nas linhas verticais do Pentagrama, próximos ao centro da figura, o Sol e a Lua fazem referência aos pólos femininos e masculinos da criação, contidos em todos os organismos, incluindo o Microcosmos e o Macrocosmos.

MERCÚRIO E VÊNUS:Estes símbolos são amplamente encontrados na literatura alquímica e são representações astrológicas e zodiacais destes planetas. Localizados sobrepostos no centro da figura, referem-se í união dos pólos de onde surgirá o Caduceu de Mercúrio.


JEHOVA: Esta inscrição hebraica é um tetragrama pronunciado Jehova (lê-se da direita para a esquerda), sendo mais uma das várias alusões ao "Nome de Deus" (HE-VAU-HE- IOD).

ALFA E ÔMEGA: Alfa e Omega são, respectivamente, a primeira e última letra do alfabeto grego. Esta é uma referência ao princípio e fim de todas as coisas. Alfa está abaixo dos "Olhos do Pai". Omega encontra-se invertido, na base do Caduceu de Mercúrio. Isto pode significar o caldeirão utilizado pelos alquimistas, ou ainda, o caldeirão (útero) da Deusa, para alguns ocultistas.

BINÁRIO: Localizados fora do pentagrama, os números 1 e 2 são referências à bipolaridade; isto é, uma representação de que todas as coisas possuem dois lados. Seguindo este conceito, podemos também compreendê-los como outra manifestação dos pólos masculino e feminino, início e fim, bem e mal, entre outros.

LOGOS: Logos é uma palavra grega que significa razão, mas também é interpretada como "fonte de idéias" e "verbo divino". Associado ao Tetragrammaton, os números 1, 2 e 3 representam respectivamente o Pai, a Mãe e o Filho. Também pode ser interpretado como a Tríade do Cristianismo (Pai, Filho e Espírito Santo) ou como o triângulo, amplamente encontrado nas tradições esotéricas.


"Os olhos do Pai" é a representação do planeta Júpiter. Um tipo de metáfora aos olhos do Criador, o espírito, o poder que coordena tudo e todos.

CÁLICE: O cálice significa o pólo feminino da criação. Na alquimia é utilizado para representar o elemento água.

ESPADA: A "espada de fogo", dentro do contexto alquímico, representa o próprio elemento fogo. Porém, associado ao Tetragrammaton, assume o papel do pólo masculino e do pênis, símbolo de fertilidade entre as antigas tradições.








BÁCULO: Báculo é o bastão comumente usado por Magos. Está dividido em sete escalas representando os estágios de evolução. Na alquimia está relacionado ao elemento Terra.

CADUCEU DE MERCÚRIO:O Caduceu de Mercúrio é o símbolo alquímico da transmutação. Associado aos símbolos superiores de Mercúrio e Vênus, refere-se à criatura, ou seja, o resultado da união entre os pólos feminino e masculino, entre as forças lunares e solares, e o ponto de equilíbrio entre eles. Por estar localizado no centro da figura, também pode ser interpretado como a "coluna vertebral", ou, Kundaline (tantra, lembram?), responsável pela união da energia sexual entre as polaridades.

HEXÁGONO DO MAGO:O hexágono do Mago representa o domínio do espírito sobre a matéria. Na alquimia está relacionado ao elemento Ar.

SELO DE SALOMÃO

"Salomão, o Sábio Rei de Israel voltava sua face, a cada manhã para os quatro pontos cardeais. Quando, por fim, levantou seus olhos para o Norte, viu avançarem em sua direção dois pilares: um de fogo e outro de nuvem. Acima dos pilares viu uma águia gigantesca com asas estendidas, sua asa esquerda se apoiando na coluna de nuvem e sua asa direita na coluna de fogo. A águia desceu diante do Rei Salomão e inclinou-se à sua frente, e colocou a seus pés as duas folhas que carregava no bico.

Salomão pegou as folhas, sentiu seu perfume e disse: "A primeira folha me foi enviada por aquele que cai", e a segunda folha, por "aquele cujos olhos estão abertos". Ele soube que os dois demônios lhe haviam enviado notícias".

(Abaixo, o Selo de Salomão, usado para captar e tornar indefesos os demônios. Inclusive, foi apresentado num dos filmes da série Sobrenatural, riscado no teto de uma casa):


"Selou seu trono com o selo no qual estava gravado o nome de Deus, montou a águia, que se elevou a uma grande altura e saiu voando. A extensão das asas obscureceu a luz do sol, de tal modo que a escuridão reinou por toda a rota de seu vôo. E os sábios vendo a escuridão, disseram: "Vede o Rei Salomão está passando". Depois de um vôo de quatrocentas léguas, a águia chegou às Montanhas do Deserto.

Ali Salomão apeou, mostrou seu anél e foi lhe permitido aproximar-se. Quando soube tudo o que queria saber, montou de novo na águia e regressou voando a seu país. Então, quando se sentou em seu trono, pronunciou palavras que mostravam uma tal profundidade de sabedoria que todos os homens se maravilharam com ele". (Retirado do Zohar - Revelações sobre Israel).

O Rei Salomão foi o homem que mais realizou magias que se tem notícia. A ele muitas obras são atribuídas com ensinamentos sobre os 72 seres com os quais manteve pacto durante sua existência e que por isso mesmo lhe serviam.

Mas, o Segredo dos Segredos não está em nenhum destes livros que devem ser estudados com cautela. O Rei Salomão foi o possuidor do maior tesouro e riqueza de todos os tempos da história do homem. Foi também considerado o Sábio dos Sábios e o homem mais amado por Deus.

Abaixo, o pentagrama de Salomão, usado para defesas:


A realidade, sendo una e universal, apresenta-se, no entanto, a nossos olhos como múltipla e fragmentária, particular, efêmera e limitada. Esta visão de “superfície” implica, aliás, numa dualidade que convém resolver, já que como tal não poderia realmente subsistir, estando em si mesma dividida. As analogias e correspondências simbólicas são os laços que permitem articular, dentro de uma mesma esfera inteligível, duas realidades, estados ou mundos aparentemente díspares e inconexos.

A conhecida figura do Selo Salomônico, sintetiza esotericamente esta realidade, o desenrolar integral do Cosmo através da cópula indissolúvel dos dois aspectos polarizados e complementares de uma mesma entidade Universal. A projeção triangular dos princípios universais do Ser (triângulo superior) no “espelho das águas” ou substância universal (triângulo inferior) produz a “reflexão cósmica” de todas suas possibilidades existenciais, o mundo em sua indefinida variedade e continuidade.

No caso do símbolo da cruz, a oposição dos dois triângulos que, no fundo, é uma complementação onde se resolvem as contradições, produz-se de duas em duas, dando lugar às leis da simetria no homem e no Cosmo.

As inter-relações dos símbolos entre si promovem processos mentais, nos que se geram códigos para a comunicação, vale dizer para a recepção e transmissão de mensagens, dando lugar ao discurso do mundo e do homem.

Assinalaremos também que o Selo Salomônico se encontra presente em tradições tanto do Oriente como do Ocidente, e na Tradição Hermética é um dos símbolos que melhor grafam a conhecida sentença da “Tábua de Esmeralda”, fundamento das leis da analogia e das correspondências: “o que está acima é como o que está abaixo, o que está abaixo é como o que está acima”.

Deve-se ter em conta, ainda, uma preeminência hierárquica do de cima (o Céu) com respeito ao de baixo (a Terra), pois como dissemos, o triângulo inferior (invertido) é um reflexo do triângulo superior (direito).

Cabalisticamente o valor numérico deste símbolo é 6 (3 + 3), o que o põe em relação com a sefirah Tifereth que, como sabemos, constitui o coração e o centro da Árvore da Vida, pois nela confluem, entrelaçam-se e se equilibram as energias das sefiroth restantes. Por isso, também é considerado um símbolo da harmonia e da síntese, que se fazem presentes em nosso interior quando nos abrimos às verdades eternas e nos deixamos fecundar por elas.

Lembraremos, neste sentido, que o triângulo invertido deste “Selo” é precisamente um dos símbolos do coração e da copa, recipiendários dos eflúvios celestes.

PLANETAS

“Os planetas são símbolos de experiências ou energias que existem em toda a vida e também no homem “.

O homem não é um cidadão apenas do planeta Terra, mas também do sistema solar, portanto obedece às leis da Terra e do Sol. A astrologia traduz essa relação existente entre os membros do sistema solar e nossa vida na Terra, o centro da perspectiva do nosso horóscopo.

A palavra planeta vem do grego "planetes" que significa "andarilho". Os planetas são portanto os andarilhos do céu que se movem e interagem pelos signos do zodíaco. A partir de suas posições no espaço celeste consideradas em relação à Terra, pode-se, por interpretação simbólica, compreender a natureza do homem. Os planetas representam, assim, as funções psicológicas da personalidade humana.

Em astrologia consideramos planetas os dez maiores corpos que compõe o sistema solar e aparentemente orbitam a Terra. Nessa astrologia geocêntrica mesmo sol e lua, uma estrela e um satélite, são comumente chamados de planetas.

No mapa natal Sol e Lua são os luminares e simbolizam as fontes da vida. Mercúrio, Vênus e Marte são os planetas pessoais e trazem nossas características individuais. Júpiter e Saturno são os planetas impessoais, responsáveis pelas nossas características sociais, ou seja, nosso papel em nosso grupo social . E finalmente Urano, Netuno e Plutão os transpessoais determinam as características de toda uma geração.

FASES DA LUA:


A Lua Nova corresponde ao encontro da Lua com o Sol. Nesse período a Lua quase não é visível da Terra. Por estar muito próxima do Sol, seu brilho a ofusca. A fase Nova da Lua marca o início do ciclo de lunação e significa o começo de um movimento seja ele qual for. É o momento onde as sementes começam a germinar e iniciamos nossa caminhada em direção a um objetivo específico.

A Lua Nova corresponde à energia do signo de Áries. Quando é preciso usar o impulso para romper a inércia e gerar a ação. A fase da Lua Nova é claramente relacionada na agricultura ao período favorável para o plantio de tubérculos, como a batata, que crescem dentro da terra, e também para a poda das árvores, pois nessa época a madeira seca mais depressa e dá boa lenha. As mulheres, muito identificadas com o símbolo lunar, sentem mais fortemente as influências desse ciclo. No ciclo feminino a Lua Nova corresponde ao início da menstruação, àqueles dias de indisposição e sensibilidade à flor da pele, onde há a necessidade do isolamento e quando facilmente se dá vazão de maneira descontrolada aos impulsos inconscientes. No mundo moderno a observação do ciclo da lua gera novas conclusões, às vezes fúteis, mas sem dúvida igualmente válidas. Toda mulher também sabe que não se deve cortar o cabelo na Lua Nova, nem fazer grandes mudanças no visual.


O Quarto-Crescente é a fase seguinte. A Lua se adianta ao Sol e forma uma quadratura – um ângulo de 90 graus. Da Terra começamos a ver uma porção maior da Lua, ela fica parecendo aqui no hemisfério sul com a letra C. É o momento do ciclo onde enfrentamos as resistências que se interpõe às mudanças que queremos efetuar em nosso movimento. É um momento de crise na ação, pois temos que ter forças para superar os obstáculos. Na agricultura, o Quarto-Crescente é reconhecido como o período favorável ao crescimento das plantas, pois nessa época a forçada Lua atrai a seiva das plantas para cima da terra. É também o momento em que se deve cortar a madeira das árvores destinada às construções. No ciclo feminino o Quarto-Crescente corresponde aos dias após a menstruação. A mulher já se livrou daquele “peso extra” e recupera seu entusiasmo. Os sentimentos se tornam mais claros. E pode pensar até em cortar os cabelos, principalmente se tem cabelos grossos, pois a fase do Quarto-Crescente é ideal para que eles cresçam mais finos e mais depressa.


A Lua Cheia ocorre quando Sol e Lua se distanciam 180 graus, fazendo uma oposição. Eles estão em signos opostos e a Lua reflete inteiramente a luz solar. Da Terra vemos aquela Lua imensa, exibida, vaidosa de revelar todos os seus mistérios num maravilhoso espetáculo. Você sabia que a Lua Cheia, vista aqui da Terra, tem quase o mesmo diâmetro do Sol? Ou seja, nessa época Lua e Sol aparecem para nós no céu com o mesmo tamanho. A Lua Cheia significa a plenitude, o ápice do ciclo. Tudo que é iniciado na Lua Nova tende a dar resultados da Lua Cheia, sejam eles positivos ou negativos. Ou seja, o movimento ou ação que foi semeado na Lua Nova chega agora a seu clímax e revela o ponto máximo de sua repercussão. No ciclo feminino a Lua Cheia corresponde à ovulação.

É o período de fertilidade, de plenitude, onde há a possibilidade de gerar a vida. Na agricultura a Lua Cheia marca o momento da colheita das plantas medicinais e também o época de semear árvores frutíferas. Qualquer pescador sabe que a Lua Cheia atrai os peixes para a superfície, aumentando seu metabolismo e portanto seu apetite. Quem sabe os peixinhos também não querem apreciar o brilho intenso do Luar. O corte de cabelo na Lua Cheia é indicado para os cabelos finos, pois nessa época eles crescem mais lentamente e aumentam de volume.


O Quarto-Minguante é a fase seguinte. Corresponde também a uma quadratura entre Sol e Lua, mas dessa vez é uma aspecto minguante. A Lua torna-se cada dia menos luminosa até sumir novamente quando atingir a fase Nova. Sendo uma quadratura, Quarto-Minguante representa também um momento de crise. Mas dessa vez a crise se estabelece nos objetivos. Ou seja, já atingimos nossa meta na Lua Cheia, portanto devemos compartilhar nossos ganhos com os outros e começamos a ter consciência da necessidade de encontrar novos objetivos para manter o ciclo da vida. Na Lua Nova seguinte recomeçaremos tudo de novo, às vezes batendo na mesma tecla, às vezes, deixando tudo para trás e partindo em busca de novos ideais.

No ciclo feminino o Quarto-Minguante corresponde a uma época menos expressiva, em que a consciência vai diminuindo gradativamente até uma fase de maior interiorização. No Quarto-Minguante o magnetismo e a gravidade da Terra fazem desenvolver as raízes, atraindo a vida para o centro da Terra. Na agricultura, o Quarto-Minguante é o período favorável à colheita de cereais, como o feijão. Nessa época a seiva nas plantas é menor e é indicada a poda de árvores e arbustos. Devemos cortar o cabelo no Quarto-Minguante quando quisermos fortalecê-los. É a melhor época para o corte de cabelos fracos e quebradiços, e também para a depilação, para que os pêlos cresçam em menor quantidade.

É no Quarto-Minguante que notamos os efeitos mais evidentes da lua sobre nosso metabolismo. Esse período favorece aos regimes de emagrecimentos, facilitando a eliminação de líquidos do nosso organismo. Um dieta conhecida indica a ingestão de somente líquidos nas 24 horas que se seguem à mudança da Lua. Mas... não tentem antes de consultar seu médico.


FASES DA LUA NO MAPA:

No mapa natal também observamos as fases da Lua. E além das quatro fases conhecidas ainda acrescentamos mais algumas, totalizando oito fases que refletem o relacionamento de Sol e Lua no mapa natal. A Lua, por ser o astro que se move mais rápido na relação, representa a atividade. O Sol, mais lento, representa o objetivo. A Lunação de aniversário nos dirá que impulsos conscientes, ou inconscientes, nos movem em direção ao nosso objetivo maior, a expressão de nossa natureza mais essencial.


Partindo da conjunção Sol-Lua até a oposição, ou seja, da Lua Nova à Lua Cheia temos o período crescente da Lunação. E da Lua Cheia à Lua Nova o período minguante. Pessoas nascidas no primeiro período tem a necessidade de construir suas estruturas internas enquanto que as nascidas no segunda metade, a necessidade de se libertar de estruturas estabelecidas anteriormente.

O tipo da Lua Nova:
Corresponde ao encontro da Lua com o Sol, ou seja, eles estão juntinhos no mesmo signo ou não. Nascimento na Lua Nova e até 3 dias e meio que se seguem. São pessoas intuitivas e reativas. Projetam seus sentimentos para fora, às vezes, sem ter muita consciência do que os motivou. A relação com a família pode ser tão intensa que será difícil se libertar de sua influência. A necessidade de se desapegar do passado o faz mergulhar de cabeça em novas experiências. São subjetivas e idealistas, querem deixar no mundo sua marca.

O tipo da Lua Crescente:
Essa posição corresponde a metade do período entre a Lua Nova e a Lua Quarto Crescente. Ou seja, ao período de três dias e meio que antecedem a Lua Quarto-Crescente. São pessoas que lutam para se desapegar do passado ou das situações de dependência. São auto-confiantes e têm uma enorme capacidade de superar obstáculos quando estão determinadas a atingir um objetivo. Conseguem mudar algo tradicional ou antigo em suas vidas.

O tipo da Lua Quarto-crescente:
Pessoas nascidas no dia da Lua Quarto-Crescente e nos 3 dias e meio seguintes. São pessoas que tem consciência da necessidade de elaborar suas bases estruturais mais intimas para conseguir atingir seus objetivos. Geralmente crescem nas situações de crise pois tem uma enorme capacidade de enfrentar obstáculos e superar desafios.

O tipo da Lua Corcunda ou Convexa:
Essa posição corresponde a metade do período entre a Lua Quarto Crescente e a Lua Cheia. Pessoas nascidas no período de 3 dias e meio que antecedem a Lua Cheia. São pessoas que tem a mente aguçada e uma enorme capacidade de associar idéias. Querem esclarecer questões tanto pessoais como coletivas. Dedicam-se a grandes causas e procuram fazer com que os outros se envolvam também.

O tipo da Lua Cheia:
Pessoas nascidas na Lua Cheia e nos 3 dias e meio seguintes. São pessoas objetivas que pensam antes de agir. Conseguem elaborar o que foi vivenciado em experiências passadas e percebem como o seus relacionamentos são afetados por suas ações. O relacionamento, aliás, é tudo para essas pessoas.

O tipo da Lua Disseminante ou Divulgador:
Essa posição corresponde a metade do período entre a Lua Cheia e a Lua Quarto-Minguante. Pessoas nascidas no período de 3 dias e meio que antecedem a Lua Quarto-Minguante. São pessoas que querem compartilhar com os outros aquilo que elas consideram ser significativo em sua vida. Divulgam suas idéias e partilham suas experiências, para que os outros possam aprender com elas. Visionários, são entusiasmados por suas descobertas e podem tornar-se defensores ferrenhos de seus pontos de vista.

O tipo da Lua Quarto-Minguante:
Pessoas nascida na Lua Quarto-Minguante e nos 3 dias e meio seguintes. São pessoas que precisam confirmar suas crenças. Defendem seus princípios a qualquer custo. Pode faltar flexibilidade e em alguns casos são incapazes de receber críticas.

O tipo de Lua Balsâmica:
Essa posição corresponde a metade do período entre a Lua Quarto-Minguante e a Lua Nova. Pessoas nascidas no período de 3 dias e meio que antecedem a Lua Nova. São pessoas que experimentam alguns conceitos novos dentro de estruturas antigas. Plantam as sementes que possibilitam as transformações. São proféticos e totalmente voltados para o futuro. Podem se sentir guiados por um poder superior.

ASTROLOGIA CABALISTICA


A Astrologia judaica é citada tanto na Torá como no Talmud como um estudo necessário, e Abraão, o pai do judaísmo, foi o maior astrólogo de seu tempo,
revelando pela primeira vez os nomes das constelações em seu livro Sefer Yetzirá (O Livro da Formação).

É importante ressaltar que a astrologia judaica é considerada uma ciência, pois penetra nos campos da astronomia e de outras ciências, não devendo ser confundida com os horóscopos que encontramos nos jornais diários, pois mesmo quando encontramos informações que nos pareçam ser relevantes , devemos admitir que as informações do jornal são tão genéricas que poderiam se aplicar a quase todo mundo.

A Astrologia Kabbalística entende que todas as pessoas vêm a esse mundo com o objetivo de completar seu tikun ou correção espiritual ou ainda o que alguns
chamam de karma.

A Astrologia também está relacionada com a reencarnação. Sabemos que se não aprendermos as lições as quais viemos a esse mundo para aprender ou se não
completarmos nosso tikun em uma encarnação, precisamos continuar voltando até que tenhamos aprendido nossas lições.

A data, o local e o horário de nosso nascimento não são por acaso. A Kabbalah explica que o momento do nosso nascimento é na verdade o esquema de todas as nossas encarnações anteriores,tudo o que realizamos ou não em vidas passadas. Todos vêm a esse universo físico em um momento preciso no tempo que irá ajudar a corrigir o que não puderam corrigir em existências anteriores. As principais lições que precisamos aprender têm a ver com dignidade humana, tolerância e com compartilhar.

Freqüentemente pensamos que viemos a esse mundo para acumular bens e fortuna, ou para nos tornarmos pessoas famosas ou importantes, quando a verdade é que esses objetivos são apenas nosso destino temporário, enquanto seguimos nossa jornada espiritual. De acordo com a Kabbalah, não viemos a este mundo para sermos bons, mas sim para sermos melhores. E melhor é relativo ao ponto de partida de cada um de nós.
Não existe status-quo espiritual, mas trata-se de nos perguntarmos diariamente: hoje sou melhor do que ontem ?

Se nós apenas mantivermos o nível que tínhamos ao nascer, não teremos de fato realizado nada, espiritualmente falando.

Como os signos e os planetas influenciam nossas vidas? Se pensarmos nos vários atributos dos signos astrológicos, perceberemos que alguns signos são melhores para iniciar coisas, outros são melhores em gerenciar e organizar; alguns signos são mais emocionais, alguns são mais frios e lógicos. Mas a verdade é a seguinte: cada signo contém interiormente todos os outros signos, mas em graus variáveis.

Devemos ter em mente que os atributos e características de cada signo são meramente os efeitos da energia interna deste signo, não são a causa de nada.

Compreendendo a energia interna dos planetas regentes e das constelações que governam os signos astrológicos , entenderemos o porque por trás das características de cada signo e teremos nossa primeira pista do que precisamos realizar para fazer as correções necessárias, assim não teremos que enfrentar repetidamente os mesmos obstáculos.

De acordo com a Kabbalah os atributos são meramente atributos, não são positivos nem negativos. A forma como os utilizamos é que irão determinar se eles são produtivos e proativos ou se são negativos e reativos , nos mantendo amarrados no circulo vicioso de dor e sofrimento.

Sabemos então que toda característica pode ser usada para um propósito positivo ou negativo. A única diferença é: qual é a consciência do indivíduo?

Se a consciência for de compartilhar, de tolerância e de dignidade humana, então mesmo algo que possamos considerar negativo será colocado para o uso positivo.

Tomemos como exemplo um signo cujas características sejam a competitividade e a combatividade. Ninguém gosta de lidar com uma pessoa argumentativa, mas se essa consciência competitiva é aplicada internamente, usada para combater nossas próprias respostas negativas interiores, pessimismo e pensamento negativo, então isso se torna positivo.

A Kabbalah explica que os planetas em si são apenas transformadores , eles transformam energia espiritual em energia física, e embora essas forças nos
influenciem, não precisamos nos sujeitar a elas. Como o Kabbalista Rav Berg sempre nos ensina, as forças da astrologia impelem , mas não compelem, estimulam , mas não forçam , significando que são forças astrológicas que nos afetam , mas não precisamos nos tornar suas vítimas .

Como podemos controlar as forças astrológicas? Uma característica única da Astrologia Kabbalística é que não apenas ela lhe dá a informação, em termos de entendimento, quais são as características internas de cada signo, o porquê, e qual é a correção espiritual por trás de cada signo, mas também lhe dá as ferramentas para fazer a correção.

Essas ferramentas tomam as formas das letras hebraicas que, conforme já aprendemos, não são apenas letras em uma linguagem. Um dos maiores erros da humanidade foi achar que essas formas são simplesmente símbolos para uma linguagem chamada hebraico, de uso exclusivo do povo judeu. As letras hebraicas antecederam todas as religiões.

De acordo com a Kabbalah, cada letra é na realidade uma entidade espiritual que teve participação na criação do Universo e dos planetas físicos. Cada planeta e cada signo estão associados a uma letra hebraica que os controlam, portanto, a cada mês, temos duas letras correspondentes ao período.

Entendendo qual letra hebraica pode controlar cada força astrológica, podemos nos conectar a esse poder e nos elevar acima do destino com o qual nascemos. Esse é o poder das letras hebraicas: elas nos dão a energia para estarmos no lugar certo, no momento certo e de encontrar a pessoa certa no momento certo.

Nosso objetivo, ao estudar astrologia Kabbalística não é nos estimular intelectualmente, mas nos dar ferramentas reais para compreendermos e entendermos o porquê por trás das características que nos motivam, e mais importante, utilizando o acesso que cada letra hebraica pode nos dar, absorver a energia interna necessária para que possamos corrigir os obstáculos que nos perturbaram em encarnações prévias, e remover o caos de nossas vidas.
(Texto:Rabino Joseph Saulton)

MARTE



Marte rege sobre o signo Carneiro. A Marte sempre estiveram associadas as forças viris do guerreiro e do conquistador. Marte exprime, por isso, o desejo de posse, o querer, o instinto de apropriação.

Em sânscrito, Marte encontra a sua etimologia em «Mar», uma das formas do deus védico «Marut», senhor das tempestades, dos furacões e do fogo.

Entre os Romanos, os espíritos dos guerreiros eram colocados sob protecção de Marte. Marte é também um símbolo de vitalidade e impulsividade, de energia a todos os níveis. O impulso conquistador que Marte representa, acarreta inevitavelmente as forças da luta, da digladiarão e do conflito, que nestes astros se encontram representadas.

A libido e as mais profundas pulsões estão também representadas em Marte, que pode simbolizar uma energia afetiva ou sexual de tal forma intensa, que acaba não só possuindo como também agredindo o objeto do amor.

Na expressão tântrica, Marte equivale a Kundaline, a força serpente que deve ser despertada, gera a energia que pode ser distribuída por todo o corpo através dos plexos chamados «chakras». Contudo, traduzindo esta noção para a fisiologia sexual, Kundaline e Marte representam o simbolismo da virilidade.

Na Árvore da Vida: Gevurah.Num horóscopo, Marte pode não só ser lido como a expressão da força interior de uma pessoa, (na sua combatividade, ambição, desejo de posse, desejo de afirmação, etc.), como também significativo de situações de conflitualidade ou competição, ao passo que também pode ser lido enquanto a representação do grau das forças ou obstinação de um inimigo, ou do grau de adversidades e bloqueios que se enfrentam.

A ALQUIMIA


A palavra Alquimia vem do árabe "Al-Khemy" que significa "A Química". A ciência moderna considera a alquimia como a antecessora da ciência e principalmente da química.

O início do desenvolvimento oficial da Alquimia acontece depois do séc. III em Alexandria, por influências pitagóricas, platônico-estóicos, egípcias e orientais.

Os relatos mais antigos de alquimia se encontram na China por volta de 4000 a.C., através de pedaços de pedras com inscrições sobre tigres brancos e transformações da alma; no Egito, com o ocultista Hermes Trismegistus, que foi transformado no Deus Toth e escreveu seus tratados de alquimia, "A Tábua de Esmeralda", um pedaço relativamente pequeno, mas com linguagem muito complexa e altamente simbólica, onde no Hermetismo é a principal corrente ocultista. As leis herméticas ainda hoje podem ser comprovas e podem definir a atual astronomia e física.

Aquilo que a maioria pensa ser a alquimia, a ciência lendária de transformar metais inferiores em ouro, é apenas o papel secundário da alquimia. Os segredos da alquimia vêem de algo mais, digamos, filosófico e "autopsicológicos". A tentativa de descobrir o além da matéria, saber o que é aquela inteligência que penetra, transforma, evolui e interfere no meio da matéria, na natureza, e o que é aquilo que hoje os cientistas modernos entendem por anti-matéria, e a inteligência da natureza que Charles Darwin pregou, e que os bruxos celtas, xamãs, magos e outros já diziam e experimentavam há milhares de anos atrás.

Naalquimia, foram destacados grandes nomes, tais como: Paracelso, Fulcanelli, Saint Germain, além de outros.

A Alquimia tem objetivos bem específicos e três desses são:

1) Curar as enfermidades e rejuvenescer o corpo (Medicina Universal ou Elixir da Longa Vida)

2) Transmutar metais inferiores, como o chumbo e o mercúrio em ouro e prata

3) Transformar o homem decadente em um Deus.

A Alquimia inclui conceitos ocultistas, tântricos, filosóficos, físicos, matemáticos, visa fazer o homem encontrar sua evolução interior, o autoconhecimento e melhor compreensão do mundo que o cerca.

Muitos fatos históricos e descobertas se devem à Alquimia. É comprovado que os alquimistas foram os responsáveis pela descoberta de inúmeras fórmulas químicas, como a dos ácidos, e de evoluções na medicina.

A Alquimia traz a metáfora para prática e usa a prática para criar metáforas. Por exemplo, quando a procura da transformação é física e espiritual, transformar o cobre (a alma do homem decadente) em ouro (corpo solar), através do mercúrio. Até mesmo Jesus praticou Alquimia quando “transformou a água em "vinho".

O odor de enxofre era associado ao demônio na idade média, pelo catolicismo e, uma vez que os alquimistas usavam este elemento químico em seus experimentos, era muito fácil identificá-los e, por isso, eram constantemente humilhados em locais públicos.

Podemos dizer que a Alquimia é uma Arte, pois busca a essência, talvez por isso as referências a ela com o nome de "Ars Symbollica".

Apesar de a alquimia ser uma ciência abrangente, que inclui tanto a parte física como a filosófica e não física, é mais popularmente conhecida na transmutação de elementos.

Abaixo, os símbolos que representam os elementos utilizados pelos alquimistas. Existem variações na simbologia, conforme os segmentos, mas esses são os mais utilizados:


Devido ao efeito da metamorfose, seu símbolo é a Borboleta, mas também aparecem trabalhos de Alquimia com a figura do hermafrodita.

Quando falamos em transmutação, na verdade nos referimos à compreensão do que somos, ao entendimento da natureza, à busca da sabedoria, dos grandes conhecimentos, do caminho para a metamorfose interior, visando o crescimento individual da alma.